O comediante francês Dieudonné foi preso nesta quarta-feira (14) por "apologia ao terrorismo" após ter escrito em sua página no Facebook comentários que sugeriam que ele aprovava os atentados da semana passada em Paris.
Além disso, mais de 50 procedimentos foram abertos na Justiça francesa contra ele por seus discursos que incitam apoio aos terroristas e aos seus atentados.
No domingo (11), ele postou na rede social a frase "Je Suis Charlie Coulibaly", remetendo à frase símbolo da marcha contra o terrorismo ("Eu sou Charlie") e acrescentou o sobrenome Coulibaly - do terrorista que invadiu um mercado judeu e matou quatro pessoas.
Mais de 3,7 milhões de pessoas marcharam pelas ruas da França no domingo, muitos delas segurando cartazes com a inscrição "Eu sou Charlie" para honrar a memória dos jornalistas do Charlie Hebdo, policiais e clientes de um supermercado judaico, entre outros, mortos por militantes islâmicos na semana passada.
A Justiça abriu na segunda-feira uma investigação sobre possíveis acusações de glorificar o terrorismo contra Dieudonne M'Bala M'Bala, que já foi indiciado antes por antissemitismo e zombou do assassinato do jornalista norte-americano James Foley por militantes do Estado Islâmico.
De Paris: filas de madrugada para comprar Charlie Hebdo:
Dieudonne atraiu repercussão internacional no ano passado após o ex-atacante da seleção francesa Nicolas Anelka comemorar um gol na Primeira Liga inglesa com uma saudação popularizada por ele, que os críticos dizem ter uma conotação antissemita.
Amedy Coulibaly, cujo nome inspirou a piada, matou um policial e quatro clientes de um mercado judaico na semana passada em Paris, dois dias depois de dois atiradores matarem 12 pessoas na redação e imediações do semanário Charlie Hebdo.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse esta semana que funcionários europeus devem trabalhar mais de perto com as empresas de Internet para eliminar o discurso do ódio e o conteúdo que glorifica o terrorismo.
Dieudonne, nascido em Paris de pai camaronês e mãe francesa, diz não ser antissemita. Ele tem sido repetidamente multado por discursos de ódio na França, onde as autoridades locais em várias cidades proibiram suas apresentações por considerarem-nas uma ameaça à ordem pública.
Seu advogado, Jacques Verdier, disse à BFM-TV que prendê-lo pelo comentário "Charlie Coulibaly" é algo "completamente fora de proporção”. Se condenado por glorificar o terrorismo, Dieudonne poderia pegar até sete anos de prisão e ter de pagar multa de 5.000 euros (5.868 dólares).
Com informações da Reuters e da ANSA Brasil.
Milhares de pessoas se reúnem na Praça da República em Paris, para paricipar da manifestação em homenagem às vítimas dos ataques terroristas à capital francesa
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Manifestantes exibem placas com a seguinte mensagem: " Je Suis Charlie", em referência à revista de humor atacada por dois irmãos terroristas
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Manifestantes sobem no monumento da Praça da República, que expõe os valores exaltados pela França: liberdade, igualdade e fraternidade
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Milhares de pessoas foram convocadas a participar da Marcha da Unidade, em Paris
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Manifestante exibe uma bandeira da França durante concentração na Praça da República
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Manifestação é realizada em memória das vítimas dos autores dos atentados contra a revista de humor Charlie Hebdo e a um mercado judaico de Paris
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O ex-presidente Nicolas Sarkozy recebe os cumprimentos do atual líder francês, François Hollande, no Palácio do Eliseu
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O primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoy, é recebido pelo presidente francês antes do início das manifestações
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O rei da Jordânia, Abdullah, e a esposa, a rainha Rania, também foram a Paris para participar das homenagens
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta o presidente da França, François Hollande
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acena para os jornalistas ao ser recebido por Hollande no Palácio do Eliseu
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O presidente palestino, Mahmoud Abbas, é recepcionado pelo colega François Hollande na sua chegada ao Palácio do Eliseu
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Autoridades da Alemanha, Espanha, Jordânia, Israel, Reino Unido e de vários outros países se juntam ao presidente François Hollande durante a marcha pela liberdade
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O presidente francês, François Hollande, conforta o colunista do Charlie Hebdo Patrick Pelloux durante a marcha pela liberdade
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De braços dados, líderes mundiais marcham pela liberdade de expressão e em homenagem aos mortos nos atentados de Paris
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Manifestantes percorrem as ruas de Paris durante marcha pela liberdade
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Jovem francesa desenha dois lápis sendo atingidos por avião, de modo similar ao ataque as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001
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Familiares de vítima carregam cartaz "Eu sou Michael Saada" durante a marcha em Paris
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Ao todo, 40 líderes mundiais perfilam com os braços entrelaçados em passeata em Paris, em torno do presidente francês, François Hollande
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Chinesa carrega cartaz em homenagem ao jornal alvo dos ataques na última quarta-feira, em francês e chinês
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Cartaz que foi o mote da manifestação, "Eu sou Charlie" é visto no meio da manifestação
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Lápis virou símbolo dos manifestantes contra o ódio provocado pelos extremistas nos atentados em Paris
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Colunista do Charlie Hebdo, Patrick Pelloux muito emocionado durante a marcha pela liberdade
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Homem toca estátua pichada ao lado do símbolo da marcha, "Je Suis Charlie"
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Franceses acedem velas com cair da noite na marcha pela liberdade em Paris
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Uma mulher acende uma luz e reverência os quatro cartunistas mortos no ataque à revista Charlie Hebdo
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Vista geral da marcha pela liberdade neste domingo
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Homem usa lápis durante ato em Paris em homenagem aos cartunistas mortos
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Franceses carregam bandeira do país e faixas em homenagem às vítimas do ataque
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Pessoas escalam monumento em Paris durante ato neste domingo
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Velas são acesas na praça da Liberdade em Paris
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Pessoas escalam o monumento da Queda da Bastilha durante os últimos momentos da marcha pela liberdade
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu chega a Grande Sinagoga de Paris para discurso em homenagem às vítimas do ataque ao mercado kosher
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e presidente francês, François Hollande, lado a lado na Grande Sinagoga de Paris