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Conflitos na Ucrânia já deixaram mais de 3 mil mortos

O cessar-fogo alcançado entre as forças do governo ucraniano e separatistas pró-Rússia se manteve de modo geral em vigor nesta segunda-feira, mas é frágil

8 set 2014 - 08h35
(atualizado às 08h36)
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Tropas russas são vistas no leste ucraniano; combates entre separatistas e exército do país se intensificam
Tropas russas são vistas no leste ucraniano; combates entre separatistas e exército do país se intensificam
Foto: FRANCISCO LEONG / AFP

O número de pessoas mortas no conflito na Ucrânia passa de 3 mil se forem incluídas as vítimas do acidente do voo MH17, da Malásia, disse uma alta autoridade de direitos humanos da ONU nesta segunda-feira.

Ivan Simonovic, secretário-geral adjunto da ONU para os Direitos Humanos, disse em uma reunião extraordinária da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que o número registrado de pessoas mortas desde que o conflito começou em abril chegou a 2.729.

O total sobe para mais de 3 mil se as 298 vítimas da queda do avião da Malásia forem incluídas, como deveriam, disse ele.

Em 29 de agosto, balanço divulgado pelo mesmo funcionário da ONU apontava um total de 2.593 mortos no conflito na Ucrânia, incluindo civis, combatentes ucranianos e separatistas.

Cessar-fogo na Ucrânia é frágil

O cessar-fogo alcançado entre as forças do governo ucraniano e separatistas pró-Rússia se manteve de modo geral em vigor nesta segunda-feira no leste da Ucrânia, apesar de as autoridades em Kiev acusarem os rebeldes de violações esporádicas durante a noite, especialmente perto do porto de Mariupol.

<p>O total sobe para mais de 3 mil se as 298 vítimas da queda do avião da Malásia forem incluídas</p>
O total sobe para mais de 3 mil se as 298 vítimas da queda do avião da Malásia forem incluídas
Foto: Maks Levin / Reuters

O cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira à noite, faz parte de um plano de paz destinado a acabar com um conflito de cinco meses na região, que já matou mais de 3.000 pessoas, segundo dados da ONU, e se tornou o pior confronto entre o Ocidente e a Rússia desde a Guerra Fria.

Autoridades em Mariupol disseram que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, iria visitar a região ainda nesta segunda-feira.

Na manhã desta segunda-feira, um repórter da Reuters ouviu uma curta explosão de fogo de artilharia a leste de Mariupol, mas a área depois ficou em silêncio.

Tanto os rebeldes como as forças armadas da Ucrânia insistem que estão observando estritamente o cessar-fogo e culpam um ao outro por esporádicas violações.

A assessoria de imprensa do Exército ucraniano listou cinco violações da trégua por parte dos separatistas de domingo para segunda-feira, enquanto os separatistas acusam as forças do governo de se preparar para invadir uma localidade perto de Donetsk, o pólo industrial da região, seu principal reduto.

UE lançará sanções contra Rússia nesta segunda

A União Europeia vai seguir em frente com a implementação de novas sanções contra a Rússia nesta segunda-feira, apesar de um frágil cessar-fogo na Ucrânia, informou a Comissão Europeia.

"O pacote será formalmente implementado pelos Estados membros por meio de um procedimento por escrito hoje, mais tarde", disse a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde-Hansen, a repórteres.

Os detalhes serão publicados no Diário Oficial da UE na terça-feira, disse ela.

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