Mais de vinte mil pessoas se reuniram na noite de domingo na praça de Lênin de Simferopol, capital da república separatista da Crimeia, para festejar a vitória da reunificação com a Rússia no referendo
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Após o resultado, houve um show em que se ouviu um repertório de canções patrióticas e militares russas, interpretadas entre outros pelo grupo Liube, o favorito do presidente russo, Vladimir Putin
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Um mar de bandeiras tricolores russas inundou a praça de Lênin de Simferopol, capital da república separatista da Crimeia
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Festa pelo resultado do referendo teve queima de fogos
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O primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Axionov (centro), ressaltou que sem o apoio do povo e do presidente russo, Vladimir Putin, a vitória no referendo teria sido impossível
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Mais de 96% da população votaram pela anexação da Crimeia à Rússia durante um referendo nestes 16 de março. A população saiu às ruas para comemorar resultado com bandeiras russas
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Bandeiras russas são encontradas por todos os lados da Crimeia. Na foto, duas bandeiras hasteadas próximas a soldados pró-russos na manhã desta segunda-feira. O Parlamento da Crimeia se declarou independente da Ucrânia depois de residentes votarem pela anexação à Rússia
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Mais de vinte mil pessoas se reuniram na noite de domingo na praça de Lênin de Simferopol, capital da república separatista da Crimeia, para festejar a vitória da reunificação com a Rússia no referendo.
Um mar de bandeiras tricolores russas inundou a praça, onde aconteceu um show em que se ouviu um repertório de canções patrióticas e militares russas, interpretadas entre outros pelo grupo Liube, o favorito do presidente russo, Vladimir Putin.
"Crimeia é Rússia" e "Gloria à Rússia" eram as palavras usadas para festejar o resultado do referendo em um ato que tinha como pano de fundo uma imponente estátua de Lênin, fundador da União Soviética.
Embargados pela emoção, crimeanos de todas as idades dançavam, brindavam com vodka e cerveja pela pátria mãe, se abraçavam e se beijavam sem rubor, e não deixavam de gritar "Hurra".
Os crimeanos que foram às ruas após o fechamento dos colégios eleitorais festejavam a libertação do jugo ucraniano, que para eles transformou a próspera península soviética em uma colônia.
"Eu sou ucraniano de pura cepa, mas minha mulher pertence à sexta geração de russos da Crimeia. Os ucranianos se deram tão mal com nossa gente que eu também estou a favor da reunificação com a Rússia", confessou à agência EFE Anatoli, empresário.
Durante a comemoração o primeiro-ministro da república, Sergei Axionov, e o presidente do parlamento, Vladimir Konstantinov, subiram ao palco para cumprimentar os crimeanos pela vitória da opção russa no plebiscito.
<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/" href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/">veja o infográfico</a>
"Os parabenizo. Voltamos para casa. A Crimeia ingressará na Rússia. Hurra, camaradas. Conseguimos graças ao seu apoio. Ninguém poderá arrebatar esta vitória", proclamou Axionov. O líder crimeano ressaltou que sem o apoio do povo e do presidente russo, Vladimir Putin, a vitória no referendo teria sido impossível.
Em seguida todos os presentes entoaram o hino russo com a mão no peito ou o braço levantado, e logo depois começou um espetáculo de fogos de artifício, para o êxtase dos habitantes de Simferopol.
"Agradeço a Deus por escutar minhas preces. Finalmente voltamos à Rússia. Como podem não entender no Ocidente que a Crimeia é terra russa há séculos?", assinalou Sveta, funcionária de uma loja de joias, que não parava de dançar e abraçar suas amigas.
Após a apuração de 75% das cédulas, 95,7% dos crimeanos tinham se manifestado a favor da entrada na Federação Russa, enquanto só 3,2% apoiaram uma ampla autonomia no seio da Ucrânia.
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As autoridades separatistas não perderam tempo e na segunda-feira o parlamento crimeano referendará os resultados da consulta e se dirigirá oficialmente a Putin para pedir a incorporação da república à federação russa.
A partir de agora, os crimeanos poderão solicitar o passaporte e a permissão de dirigir em vigor na Rússia, enquanto as autoridades adotarão o rublo como moeda e também o fuso horário vigente no vizinho do norte.
Jovem sai da cabine de votação após registrar seu voto no referendo da Criméia
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Um cachorro fantasiado foi fotografado durante a votação nesta manhã, na Criméia, na costa do Mar Negro.
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Manifestantes fizeram neste domingo um mapa da região da Criméia, pintado com as cores da Ucrânia
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Soldados ucranianos fazem a proteção na unidade da Vila Pelvane, como proteção de uma invasão russa
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Mulher vota no referendo na Criméia, com bandeira da Rússia na mão
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Voto é registrado na urna da Criméia neste domingo. Hoje, às 15h no horário de Brasília, termina a votação
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Na manhã deste domingo, começou na Criméia, Ucrânia, o referendo sobre a anexação do estado à Rússia. Pessoas ainda fazem protesto, por isso o exército faz a segurança
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População começa a votar na Criméia. 1,5 milhão de pessoas devem ir às urnas. A votação acaba às 15h no horário de Brasília, 20h no horário local
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Manifestantes pedem que não exista " fascismo aqui", diziam neste protesto feito neste domingo, durante a votação do referendo
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Russos se reuniram no centro de Moscou neste sábado para pedir para na Ucrânia, neste sábado, um dia antes do referendo que decide se a Criméia será ou não anexada à Rússia
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Bandeiras da Rússia e da Ucrânia se misturaram no meio deste protesto contra Vladimir Putin, no centro de Moscou
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Pessoas favoráveis à Ucrânia levaram balões com as cores do país
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15 mil simpatizanes do governo Putin foram às ruas de Moscou
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Segundo as autoridades pelo menos 50 mil pessoas foram ao centro de Moscou nesta passeata " pró Criméia"
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Em meio a estes protestos, autoridades ucranianas afirmam que a Rússia fará uma invasão no país