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Dinamarca vê ameaça "significativa" em jihadistas que voltam ao país

12 dez 2014 - 16h14
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A Dinamarca enfrenta uma ameaça "significativa" de cidadãos muçulmanos radicais que voltam da Síria e do Iraque, onde pelo menos 110 pessoas foram lutar com grupos jihadistas como o Estado Islâmico, informou o serviço de inteligência dinamarquês (PET, na sigla em dinamarquês) nesta sexta-feira.

Veículos militares das forças de segurança iraquianas se posicionam nos arredores de Baiji, norte de Bagdá, no Iraque, nesta semana. 08/12/2014
Veículos militares das forças de segurança iraquianas se posicionam nos arredores de Baiji, norte de Bagdá, no Iraque, nesta semana. 08/12/2014
Foto: Ahmed Saad / Reuters

O PET disse que pelo menos 16 pessoas que partiram da Dinamarca para a Síria e o Iraque morreram em combate e que cerca de metade das mais de 100 pessoas que realizaram a viagem voltaram para casa desde então.

A Dinamarca é um de vários países europeus lutando para deter a radicalização de jovens cidadãos muçulmanos e impedi-los de se tornarem jihadistas na Síria ou no Iraque, temendo que possam retornar para planejar atentados em solo pátrio.

Além disso, o país enviou sete caças F-16 ao Iraque para atuarem na coalizão dos Estados Unidos que atualmente realiza ataques aéreos contra o Estado Islâmico, o que despertou receios de represálias em casa.

“(A agência) avalia que o número de indivíduos viajando da Dinamarca para a zona de conflito totaliza pelo menos 110, mas que o número pode ser mais alto”, declarou o PET, acrescentando que uma pequena quantidade de mulheres também viajou para a região.

Nenhuma das pessoas que voltaram foi processada porque viajar para a Síria e o Iraque não é ilegal, mas estão sendo monitoradas pelo PET, afirmou uma fonte de segurança. Algumas delas foram a estas regiões várias vezes, de acordo com um relatório da agência.

Com uma população de 5,7 milhões de habitantes, o número de cidadãos dinamarqueses que partem para se juntar a grupos islâmicos radicais em territórios sírios e iraquianos é um dos mais altos per capita na Europa. Milhares de pessoas com passaportes ocidentais estão lutando nos dois países.

Os muçulmanos representam mais de sete por cento da população, embora as estimativas variem.

(Reportagem de Sabina Zawadzki)

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