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Dois anos após Costa Concordia afundar, capitão lamenta naufrágio

Navio naufragou em 13 de janeiro de 2012 após colidir com rochas na costa da ilha italiana de Giglio

13 jan 2014 - 08h45
(atualizado às 09h21)
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O comandante Francesco Schettino expressou seu "dor indelével" ao lembrar que nesta segunda-feira completam dois anos do naufrágio do cruzeiro Costa Concordia, capitaneado por ele, em frente à costa da ilha italiana do Giglio, quando morreram 32 pessoas. "Expresso meu profundo pesar e renovo minha proximidade aos familiares das vítimas. Guardarei o silêncio hoje que renova uma dor indelével para todos nós", afirmou Schettino em uma nota.

Schettino enfrenta desde julho um processo em que é acusado de homicídio culposo múltiplo, abandono do navio, naufrágio e de não ter informado imediatamente as autoridades portuárias da colisão que provocou o naufrágio do gigantesco navio na noite de 13 de janeiro de 2012.

A audiência que seria realizada em Grosseto hoje foi adiada para o próximo dia 27 por causa de uma greve de advogados. Mesmo assim algumas vítimas do naufrágio se concentrarão junto de seus advogados fora do teatro onde acontece o julgamento para lembrar a tragédia.

Também na ilha do Giglio às vítimas serão lembradas em cerimônia em que será jogada uma coroa de flores ao mar, e à noite se realizará uma passeata com tochas a partir da igreja da cidade até o píer.

Nas águas do Giglio o navio continua encalhado. Ele foi endireitado em setembro e que agora espera para ser rebocado, ação prevista para junho, quando será transferido para um porto para ser desmontado.

Na noite de 13 de janeiro de 2012, os 4.229 passageiros e membros da tripulação jantavam quando se ouviu um enorme estrondo. O cruzeiro Costa Concordia da companhia Costa Cruzeiros se chocou contra um empecilho durante uma manobra realizada pelo capitão quando se aproximava da costa da ilha do Giglio em uma manobra conhecida como "saudação" e feita outras vezes.

Do impacto até o desembarque dos passageiros se passaram várias horas sem que ninguém desse a ordem de abandonar o navio. Os tripulantes receberam a ordem de tranqüilizar os passageiros e orientá-los para voltarem aos seus camarotes.

A embarcação ainda navegou durante algumas milhas e por causa da entrada de água, se inclinou pouco a pouco até ficar encalhado a poucos metros do litoral. A inundação dos camarotes e o desembarque improvisado provocou a morte de 32 pessoas.

Enquanto o julgamento de Schettino continua, em 20 de julho o juiz da audiência preliminar Pietro Molino confirmou as penas de 23 meses e 18 meses aos oficiais Ciro Ambrosio e Silvia Coronica, respectivamente; de 20 meses ao timoneiro Jacob Rusli; de 30 ao chefe da bordo, Manrico Giampedroni, e de 34 meses a Roberto Ferrarini, chefe da unidade de crise em terra de Costa Cruzeiros.

Nas fases anteriores do processo a Costa Cruzeiros chegou a um acordo para pagar um milhão de euros como sanção administrativa.

EFE   
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