Ebola: médico italiano recebe alta e diz que volta à África
Em entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira, Fabrizio Pulvirenti disse que quer combater a doença e demonstrou vontade de voltar à África
O médico italiano que contraiu ebola em Serra Leoa recebeu alta hospitalar nesta sexta-feira, anunciou o Instituto Lazzaro Spallanzani em coletiva de imprensa. O homem, de 50 anos, identificado como Fabrizio, estava internado no local desde o dia 25 de novembro e está "completamente curado" da doença, segundo os médicos.
Em entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira, Fabrizio Pulvirenti disse que quer combater a doença e demonstrou vontade de voltar à África.
Fabrizio é membro da ONG Emergency e trabalhava em um centro de combate ao vírus da cidade de Lakka. Assim que foi constatada a infecção, ele foi transferido para Roma, na Itália, para receber um tratamento experimental. Durante todo o período de internação, o médico apresentou quadros clínicos inconstantes, mas conseguiu se recuperar.
Em uma das entrevistas que concedeu durante o isolamento, Fabrizio afirmou que a última coisa de que se lembrava de Serra Leoa foi a viagem para o aeroporto. "Lembro-me dos primeiros dois ou três dias passados em isolamento, das drogas experimentais que eu comecei a usar, do extremo mal-estar, náusea, vômito e inquietação", ressaltou.
Fabrizio foi o primeiro caso de ebola da Itália desde que a epidemia se espalhou pela África Ocidental.