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Em meio à crise, presidente ucraniano pede licença médica

Manifestantes tomam as ruas de Kiev há dois meses exigindo a saída de Yanukovych e a convocação de eleições antecipadas

30 jan 2014 - 08h01
(atualizado às 08h38)
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Em imagem de arquivo, Yanukovych (esq.) cumprimenta Robert Serry, representante das Nações Unidas
Em imagem de arquivo, Yanukovych (esq.) cumprimenta Robert Serry, representante das Nações Unidas
Foto: AP

Em meio à crise que assola a Ucrânia, o presidente Viktor Yanukovych pediu uma licença médica para cuidar de sua saúde. Segundo um comunicado divulgado nesta quinta no site da presidência, o mandatário sofre com problemas respiratórios e febre alta. 

O comunicado não informa por quanto tempo Yanukovych permanecerá em licença, nem se ele terá condições de desempenhar parte de suas funções.

Na noite de quarta-feira, ele esteve na sessão da Rada Suprema (Parlamento) pouco antes de ser aprovada uma lei de anistia condicionada para os manifestantes detidos durante os protestos dos últimos dois meses, que a oposição rejeitou.

Os governistas do Partido das Regiões de Yanukovich e o Partido Comunista aprovaram uma anistia que só entrará em vigor quando os ativistas opositores abandonarem todos os edifícios administrativos que ocupam desde o início dos grandes protestos no final de novembro.

Os partidos da oposição, que exigiam a aprovação de uma anistia sem nenhum tipo de condições e não participaram da votação, já deixaram claro que não cumprirão as condições da lei.

Os protestos opositores explodiram há pouco mais de dois meses, depois que o governo do presidente Yanukovich adiou de maneira indefinida a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, prevista para o fim de novembro do ano passado.

Ante as manifestações europeístas no centro de Kiev, ocupado pela oposição, a maioria parlamentar governista aprovou no último dia 16 uma série de leis para restringir o direito de reunião e outras liberdades civis.

Três dias depois, a capital ucraniana se transformou em palco de violentos choques entre manifestantes e policiais antidistúrbios que terminaram com vários mortos - seis, segundo a oposição; três, de acordo com a versão oficial - e centenas de feridos.

Em 23 de janeiro, perante a gravidade da situação, as autoridades e os líderes opositores acordaram uma trégua e iniciaram um processo de negociações, no qual a oposição conseguiu praticamente todos seus objetivos, salvo a convocação de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas.

Na terça-feira, o presidente aceitou a renúncia do governo dirigido pelo primeiro-ministro Nikolai Azarov. Este último, no entanto, segue desempenhando sua função de maneira interina até que seja nomeado um novo gabinete.

Com informações das agências AP e EFE

Fonte: Terra
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