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Embaixador dos EUA em Moscou discute caso Snowden com Kremlin

2 ago 2013 - 09h10
(atualizado às 09h27)
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O embaixador dos Estados Unidos em Moscou, Michael McFaul, se reuniu nesta sexta-feira com o conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Uchakov, para falar sobre a nova situação do ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden, que obteve asilo provisório na Rússia, indicou a embaixada americana.

"McFaul e Yuri Uchakov falaram sobre a redução de armas nucleares, do sistema de defesa antimísseis, da Síria, do comércio, dos direitos humanos e da nova situação do senhor Snowden", afirmou a embaixada em uma mensagem Twitter.

Snowden obteve na quinta-feira asilo temporário de um ano na Rússia e deixou o aeroporto de Moscou onde estava confinado há mais de um mês, em uma decisão muito criticada pelos Estados Unidos.

"Estamos extremamente decepcionados pelo fato de o governo russo ter tomado esta decisão, apesar dos pedidos claros e legais, em público e em particular, de ver Snowden expulso para os Estados Unidos, para que ele respondesse às acusações que pesam contra ele", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

"À luz destes fatos, estamos avaliando os planos de uma cúpula bilateral prevista para acontecer no início de setembro, antes da reunião do G20", acrescentou.

O funcionário da CIA e ex-consultor de inteligência, de 30 anos, estava bloqueado desde 23 de junho na zona de trânsito do aeroporto de Moscou Sheremetievo e solicitou asilo provisório ao governo russo.

Edward Snowden é exigido pela justiça americana, que o acusa de espionagem por ter revelado a existência de um sistema americano de vigilância mundial das comunicações telefônicas e por internet.

Apesar dos vários pedidos de extradição dos Estados Unidos, a Rússia se negou a entregar Snowden. O caso tem estremecido as relações entre os dois países.

O presidente russo, Vladimir Putin, chegou a impor como condição para a permanência de Snowden em território russo o fim das atividades que prejudicam seu "parceiro" americano.

Por fim, o fugitivo aceitou essas condições, segundo personalidades russas que o encontraram em 12 de julho no aeroporto.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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