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Europa

Erdogan ganha eleições presidenciais da Turquia no 1º turno

53 milhões de pessoas estavam aptas a votar; pela 1ª vez, o presidente da Turquia é escolhido por meio do voto popular

10 ago 2014 - 14h27
(atualizado às 15h51)
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<p>Tayyip Erdogan Erdogan participando do processo eleitoral turco</p>
Tayyip Erdogan Erdogan participando do processo eleitoral turco
Foto: Murad Sezer / Reuters

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, venceu no primeiro turno as eleições presidenciais realizadas neste domingo no país com 54,7% dos votos, segundo os resultados preliminares.

Seu rival mais próximo, Ekmeleddin Ihsanoglu, ficou com 36,7%, enquanto Selahattin Demirtas aparece em terceiro, com 8,5%. Já foram apurados 66% dos votos, de acordo com a CNN turca.

O candidato que obtiver mais de 50% dos votos vence as eleições sem a necessidade de um segundo turno, previsto para 24 de agosto.

O presidente da Turquia tem poderes limitados e um papel mais cerimonial, embora Erdogan tenha dito que quer realizar uma reforma legal para conceder mais poder ao chefe do Estado.

Para fazer esta reforma seria necessária uma mudança constitucional, o que só seria possível com uma ampla vitória do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), liderado Erdogan, nas eleições legislativas de 2015.

Até o momento, Erdogan prometeu uma presidência "ativa", utilizando todas as funções do cargo, como a possibilidade de convocar e presidir as reuniões do gabinete de ministros.

Erdogan, que esteve à frente do governo turco os últimos 12 anos, não oculta seu desejo de seguir no poder pelo menos até 2023, quando será celebrado o centenário da fundação da República Turca.

Aproximadamente 53 milhões de turcos foram convocados para votar e a participação popular foi de 75%, segundo a imprensa turca, abaixo de 89% registrado nas eleições locais de março.

Todos os analistas coincidiram que uma baixa participação beneficiaria Erdogan, já que seu eleitorado conservador é mais fiel que o dos partidos laicos da oposição.

O principal rival de Erdogan, Ekmeleddin Ihsanoglu, 70 anos, não despertou entusiasmo entre os eleitores dos dois partidos opositores, o social-democrata CHP e o nacionalista MHP, e seus resultados ficaram abaixo do apoio que estas legendas costumam obter de forma combinada.

O terceiro candidato, o jovem político curdo Selahattin Demirtas, alcançou um bom resultado para seu partido, o pró-curdo BDP, que nunca teve mais de 7% dos votos, ao conseguir a adesão de eleitores laicos turcos atraídos por seu ideário de esquerda.

"As pessoas mostraram sua vontade", diz Erdogan

Em uma mensagem no Twitter confirmada por seu gabinete, o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, disse: "Erdogan se tornou o primeiro presidente eleito pelo povo". O vice-presidente do Partido AK disse que Erdogan venceu com mais de 52 por cento.

O próprio Erdogan disse que "as pessoas mostraram sua vontade", mas evitou declarar vitória em comentários feitos a apoiadores em Istambul. Ele disse que falaria mais tarde nos escritórios do partido na capital Ankara uma vez que a contagem seja concluída.

A Turquia emergiu como uma força econômica regional sob Erdogan que, como primeiro-ministro por mais de uma década, levantou uma onda de religiosidade conservadora para transformar a república secular fundada por Mustafa Kemal Ataturk em 1923.

Mas seus críticos alertam que o presidente Erdogan, com suas raízes no islamismo político e intolerância de dissidentes, liderá o país membro da Otan e candidato à União Europeia para longe dos ideais seculares de Ataturk.

Com informações da EFE e Reuters.

Fonte: Terra
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