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Europa

Erdogan sai na frente entre os votos já apurados na Turquia

Os colégios eleitorais fecharam às 11h (em Brasília) deste domingo com baixa participação

10 ago 2014 - 12h50
(atualizado às 12h50)
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Os colégios eleitorais da Turquia fecharam às 11h (em brasília) deste domingo e revelam que Erdogan pode vencer com tranquilidade
Foto: Murad Sezer / Reuters

O primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan abriu o placar em primeira eleição presidencial direta do país no domingo, conquistando cerca de 56 por cento dos votos, entre os 43 por cento dos votos já apurados, segundo as estações de televisão turcos. 

O principal candidato da oposição, Ekmeleddin Ihsanoglu, teve em torno de 35 por cento, enquanto Selahattin Demirtas da ala esquerda pró-curdo Partido Democrático do Povo estava em cerca de 8 por cento, segundo as emissoras CNN Turk e NTV.

Os colégios eleitorais da Turquia fecharam às 11h (em Brasília) deste domingo, após uma jornada com uma relativa baixa participação, um dado que favorece o candidato governista à presidência do país, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

Cerca de 53 milhões de turcos foram chamados às urnas, mas provavelmente a participação foi bastante inferior à registrada no pleito de março (89%).

Caso nenhum candidato alcance mais de 50% dos votos, a presidência será decidida em um segundo turno, marcado para o dia 24 de agosto.

Em uma jornada que transcorreu com calma e sem incidentes importantes, vários eleitores revelaram à Agência EFE que desconfiam da apuração.

Os eleitores lembraram que nas eleições municipais de março houve cortes de luz que, na opinião da oposição, prejudicaram a apuração em bairros de maioria opositora e expressaram seu temor de que Erdogan "roube os votos que puder".

O principal candidato opositor, Ekmeleddin Ihsanoglu, denunciou ao jornal "Hürriyet" que alguns eleitores fotografaram suas cédulas após depositá-las, supostamente para receber os favores do candidato em que votaram.

Ihsanoglu anunciou que interporá uma denúncia por estas práticas.

Além disso, o opositor qualificou a campanha eleitoral de "injusta e "desproporcional", pelo fácil acesso de Erdogan aos recursos estatais e a cobertura midiática.

Embora a imprensa turca não possa facilitar dados de participação por conta do embargo a toda informação eleitoral, a impressão geral é que muitos eleitores não interromperam suas férias para comparecer às urnas.

A baixa participação poderia prejudicar sobretudo os dois grandes partidos de oposição, já que suas bases mostraram pouco entusiasmo pelo candidato de consenso, Ekmeleddin Ihsanoglu, a quem atribuem certo perfil religioso.

O terceiro aspirante é o jovem político curdo Selahattin Demirtas, que parece ter ganho o apoio de alguns eleitores laicos, graças a uma campanha centrada em um ideário de esquerda.

Vários eleitores declararam que simpatizam com Demirtas, mas que se decantam pelo voto "útil" e consideram Ihsanoglu o candidato com maiores oportunidades de enfrentar a Erdogan em um eventual segundo turno.

Com informações da Reuters e EFE.

Fonte: Terra
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