Os serviços secretos da Alemanha consideram que o regime sírio é o responsável pelo ataque com armas químicas no dia 21 de agosto, na região de Damasco, mas o grande número de óbitos seria resultado de um erro de dosagem, revela nesta quarta-feira a revista Der Spiegel. Segundo a revista, que cita uma apresentação confidencial realizada pelo chefe dos serviços de espionagem da Alemanha (BND), Gerhard Schindler, o ataque foi realizado pelas forças do regime sírio, mas não há prova definitiva.
Para o BND, apenas os especialistas do regime do presidente Bashar al-Assad têm substâncias como o gás sarin e são capazes de misturá-las e utilizá-las por intermédio de pequenos mísseis. Schindler afirma que os rebeldes não têm capacidade técnica para realizar tal ataque, segundo Der Spiegel. O chefe do BND estima que o grande número de mortos decorrente do ataque foi resultado de um erro na mistura dos agentes químicos, e que ações similares realizadas antes de 21 de agosto utilizaram uma versão mais diluída do gás.
Durante a apresentação do relatório a parlamentares, Schindler citou uma conversa telefônica interceptada entre um alto dirigente do movimento xiita libanês Hezbollah, aliado do regime sírio, e um diplomata iraniano. O responsável do Hezbollah teria atribuído o ataque a Assad, devido à "perda de controle" do presidente, e qualificado a decisão de "grave erro". Este novo elemento pode pesar no debate sobre uma eventual intervenção militar externa, ao confirmar a tese de responsabilidade do regime de Damasco no ataque químico, destaca Der Spiegel.
Refugiados sírios passam pela fronteira e entram em território turco para fugir da guerra
Foto: AP
Refugiados sírios chegam a posto de controle fronteiriço de Cilvegozu, na Turquia, fugindo da guerra civil do país. Autoridade da ONU diz que sete milhões de pessoas deixaram suas casas desde o início do conflito em março de 2011, incluindo dois milhões que saíram do país
Foto: AP
Refugiada síria de etnia curda dá banho em filho em campo de refugiados da Acnur em Quru Gusik, no norte do Iraque, 27 de agosto
Foto: AFP
Refugiado curdo posa para foto ao entardecer no campo de Quru Gusik, em imagem do dina 27 de agosto
Foto: AFP
Refugiada síria carrega seu filho em abrigo para imigrantes ilegais nas proximidades de Lyubimets, na Bulgária, em 28 de agosto
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Refugiados sírios chegam à passagem de Cilvegozu, em Hatay, na Turquia, no dia 31 de agosto
Foto: AFP
Refugiados sírios se preparam para cruzar fronteira com a Turquia em 31 de agosto
Foto: AFP
O refugiados sírio Mohammed Abdullah, 75 anos, posa para fotos no campo de Mafraq, na Jordânia, em 28 de agosto
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Mohammed Abdullah entra em sua tenda, que divide com sua família, em campo de refugiados na Jordânia
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A menina Afrah Abdullah, 11 anos, posa com brinquedos que recebeu em campo de refugiados na localidade de Mafraq, na Jordânia, em 28 de agosto
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Shehada Nabelsi, 45 anos, toca instrumento típico da Síria no campo de refugiados na Jordânia. Ele faz parte do primeiro conjunto musical surgido no acampamento
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Mulheres sírias se cumprimentam ao chegarem à passagem de Cilvegozu, na Turquia, em 30 de agosto
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