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Escolas britânicas registram 300 casos de estupro em 3 anos

Mais da metade dos crimes foram cometidos pelas próprias crianças

23 ago 2014 - 15h28
(atualizado às 15h51)
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Mais de 300 estupros foram registrados em escolas britânicas nos últimos três anos, informou o Daily Mail.

Isso significa uma aumento de 40% no número de crimes sexuais relatados à Polícia entre 2011 e 2013. Segundo estatísticas divulgadas pela corporação, crianças compunham mais de 90 por cento das supostas vítimas de abuso. Já o Freedom of Information Act (o equivalente à lei brasileira de acesso à informação) registrou um total de 2.865 crimes sexuais, dos quais 1.052 foram cometidos em 2013, mais da metade por crianças.

Entre eles se destaca o caso de uma menina de 12 anos do condado de Hampshire que foi despida e violentada por colegas de classe. Assim como ela, outra aluna, de 15 anos, foi expulsa após o colégio considerar que a relação foi consentida e que as meninas tinham infringido as regras ao fazer sexo nos domínios da escola. A Procuradoria, por sua vez, informou em maio que não havia evidências suficientes para incriminar os suspeitos.

Outro caso que chamou atenção foi o de um professor de educação religiosa de uma escola em Manchester que tocou e beijou uma adolescente durante uma aula particular. Mas ao contrário do que aconteceu em Hampshire, Richard Jones, de 57 anos, foi condenado a oito anos de prisão após a família da vítima encontrar mensagens explícitas no computador da jovem e descobrir que ela tinha um romance secreto com o docente.

De acordo com a instituição de caridade NSPCC, o fácil acesso à pornografia na internet é um dos fatores que levaram ao aumento do número de abusos. A porta-voz da instituição defende que as escolas precisam se certificar de que estão adotando os procedimentos de segurança adequados e de que pais e professores estão capacitados para reconhecer certos sinais emitidos pelas crianças, ainda no começo, para que assim possam tomar uma atitude.

De acordo com a Associação Nacional de Professores, o aumento dos casos está associado ao fato de as vítimas terem se tornado mais confiantes para fazer as denúncias. O órgão garante que um excelente trabalho está sendo feito para que as escolas estabeleçam um ambiente seguro.

O Governo tem sofrido pressão para reformar a lei de proteção à criança e tornar obrigatória a denúncia de alegações de abuso. "Não há nada mais importante do que proteger as crianças do perigo - qualquer denúncia de abuso deve ser levada a sério", disse o porta-voz do Departamento de Educação.

Fonte: Terra
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