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Europa

Escutas: Justiça britânica condena editor e inocenta editora

Escândalo envolvendo diversos funcionários levou o tabloide News of the World a fechar em 2011

24 jun 2014 - 08h48
(atualizado às 09h24)
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<p>Andy Coulson, ex-editor do jornal News of the World e ex-assessor do primeiro-ministro britânico David Cameron, chega ao Tribunal Criminal Central de Londres, em 21 de fevereiro. Nesta terça-feira, 24 de junho, ele foi condenado por escutas telefônicas ilegais</p>
Andy Coulson, ex-editor do jornal News of the World e ex-assessor do primeiro-ministro britânico David Cameron, chega ao Tribunal Criminal Central de Londres, em 21 de fevereiro. Nesta terça-feira, 24 de junho, ele foi condenado por escutas telefônicas ilegais
Foto: AP

Andy Coulson, ex-editor do jornal britânico News of the World, de Rupert Murdoch, foi condenado, nesta terça-feira, por escutas telefônicas ilegais. Já sua colega Rebekah Brooks, também ex-editora da publicação foi considerada inocente, em um julgamento que se estendeu por meses, informou a agência Associated Press.

O júri considerou, por unanimidade, Coulson, também ex-assessor do primeiro-ministro David Cameron, culpado de conspirar para interceptar comunicações. Brooks foi absolvida dessa acusação e de denúncias de suborno de funcionários e obstrução da polícia. 

O julgamento de quase oito meses foi desencadeado por revelações de que, há anos, o jornal News of the World utilizava escutas ilegais para obter histórias, escutando conversas telefônicas de celebridades, políticos e até mesmo vítimas da criminalidade. 

Andy Coulson deixou o cargo de editor em 26 de janeiro de 2007, depois de um escândalo envolvendo escutas em telefones da família real britânica.

<p>Rebekah Brooks, ex-editora do News of the World foi absolvida após um longo julgamento de oito meses, centrado em atividades ilegais de escutas que levaram o tabloide de Rupert Murdoch a fechar as portas em julho de 2011</p>
Rebekah Brooks, ex-editora do News of the World foi absolvida após um longo julgamento de oito meses, centrado em atividades ilegais de escutas que levaram o tabloide de Rupert Murdoch a fechar as portas em julho de 2011
Foto: AP

Três outros suspeitos - o marido de Brooks, Charles Brooks, seu ex-secretário, Cheryl Carter e o chefe de segurança do News International, Mark Hanna - foram absolvidos de interferir no curso da investigação judicial, por tentar ocultar provas da polícia. 

O ex-editor-chefe do News of the World, Stuart Kuttner não foi considerado culpado de escutas telefônicas.

Os réus permaneceram em silêncio, enquanto o chefe do júri, composto por 11 membros, anunciou o veredicto. 

O escândalo levou Murdoch a fechar o tabloide de 168 anos, em julho de 2011, após investigações criminais da Polícia Metropolitana de Londres, que acredita que até 4 mil pessoas tiveram seus telefones grampeados por repórteres do jornal. Dezenas de jornalistas e funcionários da publicação foram presos.

O News of the World chegou a ser o jornal britânico de maior vendagem no mundo (quase 3 milhões de cópias por semana em fevereiro de 2010) e publicava, principalmente, notícias ligadas a fofocas sobre celebridades, além de temas relacionados a escândalos sexuais.

Fonte: Terra
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