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Diplomata suspeito de matar esposa pode perder imunidade

Imunidade será retirada caso seja provado que Jesús Figón assassinou sua esposa em um ato de "violência machista"

13 mai 2015 - 11h11
(atualizado às 14h36)
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Figón faz parte da legação diplomática espanhola
Figón faz parte da legação diplomática espanhola
Foto: El Mundo / Reprodução

O ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, garantiu nesta quarta-feira (13) que a Espanha abrirá mão da imunidade diplomática caso fique provado que o conselheiro de Interior da embaixada espanhola no Brasil, Jesús Figón, assassinou sua esposa em um ato de "violência machista."

"Se essa investigação avançar e provar que houve um caso de violência machista, a Espanha renunciará à imunidade diplomática que não pode servir, em nenhum caso, como álibi em fatos tão desagregáveis quanto os que se estão sendo investigados", disse o ministro à imprensa em Valência.

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Gracía-Margallo explicou que deu instruções para que fique claro que a imunidade diplomática, que faz com que a apuração deste crime seja diferente de outros homicídios, não pode ser usada em casos como o de violência machista.

O ministro afirmou que a embaixada comunicou ao Itamaraty que a Espanha "não só não põe inconveniente algum à investigação em andamento, que corresponde às autoridades brasileiras", como se coloca a "disposição para colaborar na investigar de um fato da gravidade que se discute".

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O delegado e conselheiro de Interior da embaixada espanhola Jesús Figón foi libertado ontem algumas horas depois de ter se entregue à polícia e confessado o assassinato de sua esposa, a brasileira Rosemary Justino Lopes, de cerca de 50 anos, por ter "imunidade diplomática".

O funcionário espanhol, de 64, ficou "à disposição das autoridades brasileiras" que esperarão se a Espanha assumirá o caso, como é feito por conta de convênios diplomatas internacionais, ou renuncia a esse direito e deixa as investigações nas mãos da Justiça do Brasil.

O casal vivia em Brasília, onde Figón faz parte da legação diplomática espanhola, mas viajavam constantemente a Vitoria, aonde tinham um apartamento, no qual foi cometido o assassinato.

EFE   
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