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Espanha tem seis novos casos suspeitos de ebola

Pacientes foram internados e dois casos já estão sendo considerados como negativos por primeiros exames

17 out 2014 - 09h10
(atualizado às 09h11)
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Ambulância transporta paciente para hospital Carlos III com suspeita de ebola na Espanha
Ambulância transporta paciente para hospital Carlos III com suspeita de ebola na Espanha
Foto: Juan Medina / Reuters

Seis pessoas foram hospitalizadas nesta quinta-feira na Espanha, seguindo o protocolo contra o ebola, entre elas um missionário com febre, que chegou da Libéria e seria isolado, enquanto a única doente oficial apresenta sinais de melhora.

Os primeiros testes para detectar o vírus ebola em duas das seis novas pessoas colocadas sob vigilância na quinta-feira na Espanha apresentaram resultados negativos, anunciou o comitê que monitora a presença do vírus no país.

O primeiro envolve um nigeriano que chegou na quinta-feira a Madri procedente de Paris em um voo da Air France. O passageiro foi isolado no aeroporto de Barajas.

O segundo resultado negativo foi o de um homem transportado em 6 de outubro na ambulância que atendeu a única paciente espanhola atualmente afetada pelo vírus, Teresa Romero.

Os dois foram internados na quinta-feira no hospital La Paz-Carlos III de Madri, onde a auxiliar de enfermagem Romero recebe atendimento.

<p>Duas ambulâncias chegam ao hospital Carlos III, em Madri, na Espanha, com pacientes suspeitos de estarem infectados com Ebola, nesta quinta-feira</p>
Duas ambulâncias chegam ao hospital Carlos III, em Madri, na Espanha, com pacientes suspeitos de estarem infectados com Ebola, nesta quinta-feira
Foto: Juan Medina / Reuters

Dos seis internados, quatro têm sintomas, e três são viajantes: um delegado da Cruz Vermelha em Serra Leoa, que voltou para a Espanha em 9 de outubro, após ter assistido a doentes de Ebola; o missionário com febre; e um passageiro vindo da Nigéria. O quarto esteve no entorno da auxiliar de Enfermagem Teresa Romero, a única doente.

Segundo as autoridades, outras duas pessoas que estiveram em estreito contato com o delegado da Cruz Vermelha também foram postas em quarentena, mas não apresentam sintomas.

Em questão de horas, os alertas de ebola se sucederam na Espanha.

O mais recente foi a chegada de um missionário vindo da Libéria e pertencente à mesma ordem dos dois religiosos espanhóis repatriados com Ebola, em agosto e setembro. Os dois morreram vítimas da doença.

O religioso seria hospitalizado esta noite no Hospital Carlos III, onde se concentram os casos de ebola em Madri.

O homem, "membro da ordem de São João de Deus", chegou da Libéria em 11 de outubro e apresenta febre - informou em um comunicado o comitê governamental criado para combater a doença na Espanha.

Antes, um voo da Air France, procedente de Paris, alertou para um passageiro da Nigéria com tremores, razão pela qual o avião foi conduzido para uma área do aeroporto madrileno. Lá, uma equipe médica se encarregou do potencial doente, que foi levado para o hospital Carlos III.

Os demais passageiros deixaram a aeronave, que foi desinfectada.

Simultaneamente, em Santa Cruz de Tenerife, no arquipélago das Canárias, também foi ativado o protocolo de alerta por causa de um homem, vindo de Serra Leoa em 8 de outubro e que tinha febre superior a 37,6°C.

O caso foi considerado "de alto risco" pelas autoridades regionais canárias nesta quinta-feira. Outras duas pessoas próximas dele foram hospitalizadas por precaução, mas não têm febre.

Um pouco mais tarde, por volta das 12h30 GMT (9h30 no horário de Brasília), outra pessoa com febre e que tinha estado em contato com a técnica de Enfermagem Teresa Romero, o primeiro caso de contágio do vírus fora da África, também foi internada no Carlos III.

De acordo com as autoridades, o estado de saúde de Teresa está melhorando.

"A carga viral parece que está diminuindo", afirmou Fernando Simón, membro do comitê interministerial, destacando que "a carga viral ainda não é zero".

"Fala devagar, mas raciocina perfeitamente. Ela se orienta bem", declarou uma fonte do Carlos III, ressaltando a necessidade de prudência, já que a paciente permanece em estado "grave".

A taxa de mortalidade do vírus ebola é de 70%, embora caia superados os 15 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. Teresa Romero superou o limite nesta quinta-feira.

A enfermeira, de 44 anos, deu entrada em 6 de outubro. Ela apresentou sintomas em 29 de setembro, ou seja, quatro dias depois de ter ajudado um religioso repatriado com ebola de Serra Leoa, falecido em 25 de setembro.

Foto: Terra Arte

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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