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Espanhóis vão às ruas a favor de direitos dos homossexuais

5 jul 2014 - 19h29
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Dezenas de milhares de pessoas - mais de um milhão, segundo os organizadores - se manifestaram neste sábado no centro de Madri para denunciar as injustiças sofridas pelos homossexuais em mais de 80 países, onde são perseguidos pelas autoridades e, em alguns casos, condenados à morte.

"Nos manifestamos por quem não pode", dizia a faixa que liderava a manifestação, o ato central da semana do Orgulho LGTB na cidade, convocado pelo Coletivo de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais de Madri (Cogam) e da Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGTB).

A presidente da FELGTB, Boti G. Rodrigo, lembrou à imprensa que ser homossexual em mais de dez países é estar sujeito a uma condenação à morte e ressaltou que a cidade "inteira" de Madri foi às ruas para representar quem não pode defender seus direitos.

Ao ser questionada sobre as novas limitações impostas pela prefeitura da cidade, a máxima representante da Cogam, Esperanza Montero, declarou que não há problemas de segurança e violência nas celebrações do Orgulho.

A secretária de Igualdade do PSOE - o primeiro partido da oposição -, Purificación Causapié, denunciou que também existem situações de discriminação e homofobia na Espanha, reprovando as medidas impostas à parada gay deste ano pelos responsáveis do Partido Popular (PP).

Neste aspecto, ela reivindicou uma maior colaboração por parte da prefeitura de Madri, do governo espanhol e das administrações públicas com a parada gay, já que, segundo ela, essa é uma festa para diversidade e liberdade.

Ao passar pela sede da prefeitura, os presentes na passeata, agitando centenas de bandeiras do arco-íris, gritavam "orgulho, sim. Botella, não", em alusão à prefeita da capital, Ana Botella, cuja renúncia foi reivindicada reiteradamente.

"Exigimos aos responsáveis políticos que se ponha fim a esta situação e ao governo de Mariano Rajoy que tome exemplo dos países que fazem da luta LGTB sua bandeira", dizia o manifesto lido pelos organizadores, que também apontaram que a gestão da crise econômica na Europa agravou a situação de discriminação e encorajou o surgimento de ideologias não compatíveis com a diversidade.

EFE   
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