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Esquema mafioso da Itália pode ter respingado na Argentina

Ex-prefeito de Roma pode ter enviado dinheiro para o país na América Latina

8 dez 2014 - 11h58
(atualizado às 11h58)
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<p>Gianni Alemanno teria feito "quatro viagens para a Argentina com as malas cheias de dinheiro".</p>
Gianni Alemanno teria feito "quatro viagens para a Argentina com as malas cheias de dinheiro".
Foto: Getty Images

O esquema mafioso no governo de Roma pode ter respingado na Argentina. Segundo informações divulgadas pelos jornais italianos, o ex-prefeito da capital Gianni Alemanno, que está no centro das investigações, teria feito "quatro viagens para a Argentina com as malas cheias de dinheiro".

A afirmação foi feita com base nas interceptações telefônicas da Justiça italiana dos envolvidos no caso. De acordo com as publicações, as viagens foram feitas ainda no período que ele era prefeito da cidade e, por isso, não precisou se submeter ao controle normal do aeroporto. A conversa entre Luca Odevaine, que trabalhava em um órgão público romano, e Sandro Coltellacci, um dos colaboradores do chefe do esquema, foi feita no mês de janeiro deste ano. No áudio, Odevaine fala sobre uma briga que Alemanno teve com um homem ainda não identificado. Na conversa, esse homem teria dito que o ex-prefeito e seu filho levaram todo o dinheiro para o país sul-americano.

Ainda de acordo com os dois, o político teria simulado um "estranho roubo em sua casa" para justificar o sumiço do dinheiro para o esquema de corrupção. Diversos jornais entrevistaram Alemanno, que negou veementemente as acusações. Em entrevista ao Tempo, ele afirmou que a acusação é "uma mentira totalmente infundada" e que "nunca levou dinheiro para o exterior". Porém, ele confirmou a viagem para a Argentina, mas disse que ela foi feita "com a família e um grupo de amigos para a Virada do Ano 2011/2012 na Patagônia".

A Procuradoria de Roma informou que "não há registros de nenhuma movimentação de dinheiro para o exterior" de Alemanno. O escândalo no governo da capital italiana tem como centro o ex-prefeito e funcionava como um esquema mafioso. O grupo conseguia contratos públicos, extorquia funcionários e fazia lavagem de dinheiro e, na última semana, mais de 100 pessoas foram interrogadas sobre o esquema de corrupção. Outras 37 foram presas sob a acusação de associação mafiosa, extorsão, corrupção, fraude em licitações públicas, faturamentos falsos, transferência fraudulenta de valores e lavagem de dinheiro.

Fonte: ANSA Brasil
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