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EUA consideram Putin "culpado" por tragédia do MH17

"Concluímos que Vladimir Putin e os russos são culpados por esta tragédia", disse o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest

26 jul 2014 - 02h26
(atualizado às 02h27)
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"Esses separatistas, que têm apoio dos russos, receberam treinamento para usar esses sistemas, incluídos os sistemas antimísseis e, de acordo com relatos nas redes sociais, essas armas incluem o sistema SA-11", afirmou Earnest.
"Esses separatistas, que têm apoio dos russos, receberam treinamento para usar esses sistemas, incluídos os sistemas antimísseis e, de acordo com relatos nas redes sociais, essas armas incluem o sistema SA-11", afirmou Earnest.
Foto: Reuters

A Casa Branca garantiu nesta sexta-feira que o presidente russo Vladimir Putin é "culpado" pela tragédia do avião de passageiros da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia, com 298 passageiros a bordo, no último dia 17. "Concluímos que Vladimir Putin e os russos são culpados por esta tragédia", disse o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest.

Dessa forma, esta foi a denúncia mais contundente do governo americano contra a Rússia desde o acidente do avião. Earnest lembrou, em linha com o que já havia sido dito anteriormente pela Casa Branca, que houve uma transferência de armas pesadas da Rússia para os separatistas no leste da Ucrânia.

"Esses separatistas, que têm apoio dos russos, receberam treinamento para usar esses sistemas, incluídos os sistemas antimísseis e, de acordo com relatos nas redes sociais, essas armas incluem o sistema SA-11", afirmou Earnest.

O porta-voz insistiu que os EUA têm certeza de que o avião da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil terra-ar disparado do território controlado pelos separatistas.

"O presidente Putin é responsável", reiterou hoje Earnest, que acrescentou que os EUA coordenam neste momento "uma resposta" com a comunidade internacional para sancionar a Rússia por suas ações, sem oferecer detalhes mais específicos.

Insistiu, contudo, em que o fato de alguns países terem "ignorado" o que estava ocorrendo na Ucrânia "teve trágicas consequências para pelo menos 300 civis inocentes que não eram nem da Ucrânia, nem da Rússia".

Antecipou que o presidente americano Barack Obama seguirá liderando a resposta internacional neste caso e defendendo a imposição de sanções adicionais à Rússia.

Além disso, confiou que a investigação internacional sobre o incidente vai permitir "levar à justiça" os responsáveis diretos pela queda do avião, mas evitou dizer se os EUA exigirão que Putin assuma algum tipo de responsabilidade legal.

A acusação coincide com o anúncio feito hoje pelo Pentágono de que a Rússia prepara o envio de foguetes mais sofisticados para os separatistas no leste da Ucrânia.

Segundo o porta-voz adjunto do Pentágono, o coronel Steve Warren, o Departamento de Defesa tem "indícios de que a Rússia tem a intenção de fornecer sistemas de lançamento múltiplo de foguetes mais sofisticados" e de maior calibre, para os separatistas.

O Pentágono considera que esse armamento poderia atravessar a fronteira hoje mesmo, pois viu que essas armas estão próximas das regiões controladas pelos rebeldes no leste da Ucrânia.

Além disso, o Pentágono acusou nesta semana a Rússia de ter disparado, do lado russo da fronteira, com fogo de artilharia posições das forças ucranianas para ajudar os separatistas.

Foto: Terra

EFE   
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