O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, lamentaram nesta quinta-feira que, segundo "todas as evidências", a Rússia continue fornecendo armamentos e apoio aos rebeldes na Ucrânia e consideraram necessária a imposição de mais sanções à Federação Russa.
Obama mencionou, durante uma conversa telefônica com Rutte, as "comoventes imagens" da chegada ontem à Holanda dos primeiros restos mortais das vítimas do avião da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia e ofereceu novamente suas condolências ao chefe do governo holandês. Dos 298 passageiros a bordo do avião malaio, 193 eram holandeses.
Obama e Rutte concordaram que "ao invés de diminuir a tensão, todas as provas indicam que a Rússia ainda está armando e fornecendo apoio aos separatistas que continuam envolvidos em ações letais de agressão contra as forças armadas ucranianas".
Os dois governantes estiveram de acordo que "não se pode permitir que a Rússia desestabilize a situação na Ucrânia sem incorrer em custos" adicionais. "A comunidade internacional deverá aplicar sanções adicionais a Moscou", coincidiram Obama e Rutte, segundo o comunicado da Casa Branca.
Os Estados Unidos afirmaram hoje que possuem provas de que a Rússia fez disparos de artilharia do seu território contra posições das Forças Armadas ucranianas em assistência aos rebeldes pró-russos.
Além disso, o Departamento de Estado assegurou que a Rússia está tentando enviar para as milícias rebeldes "vários tipos de plataformas de lançamento de foguetes mais poderosas e armamento mais pesado", algo que os analistas do Pentágono também afirmaram.
Corpos de vítimas do voo da Malaysia chegam à Holanda:
Segundo fontes do Departamento de Defesa, a Rússia também forneceu aos rebeldes das regiões do leste ucraniano mais de 100 veículos militares, inclusive tanques, o que demonstraria o envolvimento ativo de Moscou no conflito.
Os Estados Unidos continuam afirmando que a Rússia mantém entre 10 mil e 12 mil tropas bem equipadas e prontas para o combate perto de sua fronteira com a Ucrânia.
A inteligência americana dá por certo que um míssil de origem soviético do tipo BUK SA-11 foi o responsável por abater em pleno voo o avião e que o mesmo provavelmente foi operado por separatistas que teriam cometido um erro ao pensar que a aeronave era militar.
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia