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EUA e Rússia temem violência na Ucrânia após saída de presidente

23 fev 2014 - 04h06
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<p>&nbsp;Viktor Yanukovich&nbsp;durante coletiva de imprensa recente em Kiev</p>
 Viktor Yanukovich durante coletiva de imprensa recente em Kiev
Foto: Gleb Garanich / Reuters

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, pediram neste sábado para se evitar uma aumento da violência na Ucrânia após a destituição do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich. Kerry e Lavrov conversaram por telefone em Washington para continuar o diálogo sobre a Ucrânia que manteve na sexta-feira o presidente dos EUA, Barack Obama, em sua ligação para o líder russo, Vladimir Putin, segundo informou um alto funcionário americano.

"O secretário de Estado Kerry e o ministro Lavrov concordaram na necessidade de resolver a situação no terreno (na Ucrânia) sem violência", disse a jornalistas o funcionário, que pediu o anonimato. "Kerry considerou que em Kiev prevalece um ambiente pacífico após a inesperada saída do presidente Yanukovich, e mencionou os passos políticos tomados pela devidamente escolhida Rada (Parlamento) sob a liderança de seu novo líder", acrescentou a fonte.

"O chefe da diplomacia americana expressou a importância de encorajar a Ucrânia de avançar em um caminho rumo à mudança constitucional, a redução das tensões, a criação de um Governo de coalizão, a realização de eleições antecipadas e a rejeição da violência", explicou. Além disso, reiterou a ideia expressada hoje em comunicado da Casa Branca que "Rússia, Estados Unidos e as organizações europeias e internacionais apropriadas devem trabalhar unidas para apoiar uma Ucrânia forte, próspera economicamente, unida e democrática".

A Casa Branca reagiu com um cauteloso otimismo à rápida sucessão de eventos do sábado na Ucrânia, que, segundo disse em comunicado o porta-voz Jay Carney, "podem nos levar mais perto do objetivo de pôr fim à crise que vive o país". Os EUA intensificaram seu contato com a Rússia ao longo da crise na Ucrânia, um país de importância geoestratégica para ambos, mas que Obama assegurou que não quer utilizar como "tabuleiro" para reviver tensões próprias da Guerra Fria.

EFE   
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