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EUA pedem cessar-fogo na Ucrânia após acidente de avião

EUA pediram cessar-fogo 'imediato' para garantir acesso 'seguro' ao local

18 jul 2014 - 03h22
(atualizado às 04h04)
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Porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, anunciou posição dos EUA sobre a queda do avião
Porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, anunciou posição dos EUA sobre a queda do avião
Foto: Jacquelyn Martin / AP

Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira o cessar-fogo "imediato" na Ucrânia para garantir o acesso "seguro" ao local, no leste do país, onde caiu um avião com 298 passageiros e facilitar assim a recuperação dos corpos. "Pedimos a todas as partes envolvidas, a Rússia, os separatistas pró-russos e a Ucrânia, que apoiem um cessar-fogo imediato", afirmou em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Entenda a crise na Ucrânia Entenda a crise na Ucrânia

O porta-voz oficial enfatizou que a suspensão das hostilidades permitirá o acesso "seguro e sem restrições" dos investigadores internacionais ao local do acidente "para facilitar a recuperação dos corpos". Em linha com o que disse o presidente americano, Barack Obama, Earnest afirmou que é "urgente" o início "o mais breve possível" de uma investigação internacional "completa, crível e sem impedimentos" sobre o incidente.

Além disso, destacou que o papel de organizações internacionais como as Nações Unidas e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pode ser "particularmente relevante" neste esforço.

Antecipou que Washington trabalhará com os países envolvidos e seus parceiros nas organizações internacionais citadas "nas próximas horas e dias" para determinar o melhor caminho a ser seguido. Também insistiu que "é vital" não manipular nenhuma prova e que "todas as evidências potenciais e os destroços no local do acidente permaneçam intactos".

"Os Estados Unidos estão preparados para auxiliar, de forma imediata, qualquer investigação internacional, inclusive através de recursos oferecidos pelo Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, sigla em inglês) e pelo FBI", garantiu Earnest.

Também declarou que, mesmo antes de ter acesso a todas as provas, está claro que o acidente aconteceu no contexto de uma crise na Ucrânia "encorajada pelo apoio russo aos separatistas, inclusive através do fornecimento de armas, equipamentos e treinamento". Destacou que o incidente evidencia a "urgência" para que a Rússia tome "passos concretos e de forma imediata" para reduzir a violência na Ucrânia e apoiar um cessar-fogo durável.

O Boeing-777 de Malaysia Airlines caiu na região leste de Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos, que logo após o incidente trocaram acusações pela queda da aeronave.

A companhia aérea malaia informou hoje que estavam a bordo da aeronave 154 holandeses, 43 malaios (incluídos os 15 membros da tripulação), 27 australianos, 12 indonésios, nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense e outros 41 que não tiveram sua nacionalidade confirmada.

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos consideram que o avião foi atingido por um míssil terra-ar, mas não puderam confirmar ainda a origem do projétil que derrubou a aeronave, segundo fontes de inteligência citadas pela emissora CNN e pelo jornal The Washington Post. "Não foi um acidente, (o avião) explodiu no céu", disse o vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, durante um discurso nesta quinta-feira em Detroit, no estado americano do Michigan.

Foto: Terra

EFE   
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