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Europa

EUA pedem que Rússia pare com "provocação" na Ucrânia

Porta-voz do Departamento de Estado americano, Marie Harf quer que os russos peçam aos grupos separatistas armados no leste da Ucrânia que se retirem e se desarmem

16 abr 2014 - 15h43
(atualizado às 16h02)
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<p>Homens armados com uniformes militares montam guarda em frente ao prédio do Estado regional apreendido por separatistas pró-russos na cidade ucraniana de Slavyansk, em 16 de abril</p>
Homens armados com uniformes militares montam guarda em frente ao prédio do Estado regional apreendido por separatistas pró-russos na cidade ucraniana de Slavyansk, em 16 de abril
Foto: AFP

Os Estados Unidos pediram, nesta quarta-feira, que Moscou termine "imediatamente" com sua atitude de "provocação" no leste da Ucrânia e retire o apoio às milícias pró-Rússia que incitaram a revolta contra o governo ucraniano.

"Definitivamente queremos ver o fim imediato da provocação no leste da Ucrânia", afirmou hoje a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, durante sua entrevista coletiva diária.

"Queremos que os russos peçam aos grupos separatistas armados no leste da Ucrânia que se retirem e se desarmem", afirmou Harf.

Nesta quinta-feira, começará, em Genebra, as negociações a quatro lados (EUA, União Europeia, Ucrânia e Rússia) sobre a crise na região.

Harf insistiu que a desestabilização sofrida pela Ucrânia neste momento é "resultado direto" das ações russas no país.

A porta-voz reiterou a chamada de seu país para que a Rússia retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia e ponha fim a sua presença militar na Crimeia, que os Estados Unidos consideram uma "violação" da integridade territorial e da soberania ucraniana.

Harf ressaltou que se a Rússia não adotar medidas para diminuir a tensão na zona, os EUA estão preparados para a imposição de sanções adicionais ao país.

A porta-voz indicou também que as relações entre os dois países são "complicadas" após o ocorrido na Ucrânia e disse que a Rússia "distorce" a realidade.

O que os russos dizem sobre a situação no terreno na Ucrânia "é uma distorção da realidade", explicou Harf.

"Não acho que ninguém se surpreenda que os eventos das últimas semanas e meses foram muito duros para a relação (bilateral)", afirmou Harf, que insistiu que o governo do presidente Barack Obama seguirá tomando medidas "contra a Rússia" enquanto continuar com sua atividade desestabilizadora na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje que a escalada do conflito na Ucrânia põe o país "à beira da guerra civil", uma percepção que não é compartilhada pelo Departamento de Estado.

"Eu não diria que estão à beira da guerra civil", assinalou Harf, que disse preferir falar de "desestabilização".

Harf adiantou que durante sua estadia em Genebra, o secretário de Estado de EUA, John Kerry, manterá reuniões bilaterais com a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, e com o titular das Relações Exteriores ucraniano, Andriy Deschitsa.

A porta-voz indicou, além disso, que é "provável" que Kerry tenha também um encontro com seu colega russo, Sergei Lavrov.

"Amanhã será a primeira oportunidade para que a Rússia, Ucrânia, a UE e EUA se sentem e conversem (...) sobre a escalada, desmobilização e o processo de reforma constitucional em andamento rumo às eleições de 25 de maio" na Ucrânia, afirmou Harf.

O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, anunciou na terça-feira o começo de uma operação antiterrorista com o emprego das Forças Armadas na região de Donetsk, onde milícias pró-Rússia ocuparam edifícios administrativos e delegacias policiais em várias cidades.

Os primeiros enfrentamentos armados entre as forças ucranianas e essas milícias ocorreram no aeroporto da cidade de Kramatorsk e terminaram com vários feridos entre os pró-Rússia, que denunciaram baixas mortais em suas fileiras.

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EFE   
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