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EUA pressionam presidente da Ucrânia a conter violência em Kiev

Joe Biden disse que os EUA estão empenhados em apoiar os esforços para promover uma resolução pacífica para a crise

18 fev 2014 - 20h42
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O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, telefonou nesta terça-feira ao presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, para expressar profunda preocupação dos Estados Unidos com o aumento da violência em Kiev e instá-lo a recuar as forças de segurança e exercer a máxima contenção.

Policiais mantêm posição enquanto são atingidos por fogo causado por coqueteis Molotov atirados pelos manifestantes, em Kiev
Policiais mantêm posição enquanto são atingidos por fogo causado por coqueteis Molotov atirados pelos manifestantes, em Kiev
Foto: Reuters

No dia em que a polícia ucraniana avançou em direção aos manifestantes que ocupam a praça central de Kiev, Biden deixou claro a Yanukovich que os EUA condenam a violência de qualquer lado, "mas que o governo tem a responsabilidade especial de acalmar a situação", segundo um comunicado da Casa Branca.

"O vice-presidente destacou ainda a urgência de um diálogo imediato com líderes da oposição para tratar das demandas legítimas dos manifestantes e apresentar propostas sérias para a reforma política", disse o comunicado.

Ele disse que os EUA estão empenhados em apoiar os esforços para promover uma resolução pacífica para a crise de uma forma que "reflita a vontade e as aspirações do povo ucraniano".

Escalada

Nesta terça-feira, a União Europeia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e vários países, entre os quais os Estados Unidos e a França, condenaram a escalada de violência na capital ucraniana, onde morreram pelo menos nove pessoas – sete civis e dois policiais – em confrontos entre autoridades e manifestantes da oposição.

Após várias semanas de calma, Kiev voltou a ser palco de violentos confrontos entre ativistas antigovernamentais e forças de segurança. Segundo a polícia, pelo menos nove pessoas morreram. O governo deu um ultimato aos manifestantes para que se desmobilizassem e deixassem as ruas na tarde de hoje, mandando que a polícia de choque avançasse até o principal ponto de concentração.

Vitali Klitschko pediu que mulheres e crianças abandonassem a Praça da Independência, um dos pontos de concentração dos ativistas antigovernamentais, no centro da capital. A circulação no metrô de Kiev foi interrompida.

Desde o fim de janeiro, não se registravam confrontos entre manifestantes e policiais na Ucrânia.

A crise política no país começou no fim de novembro, quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente Ianukovitch de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia.

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