Ex-presidente da Itália morre aos 95 anos
Funeral acontecerá em Roma, informaram autoridades
O ex-presidente da Itália Carlo Azeglio Ciampi morreu nesta sexta-feira, dia 16, aos 95 anos, em Roma. O premier da Itália, Matteo Renzi, lamentou a morte. Em nota, ele agradeceu o homem que "serviu com paixão a Itália" e expressou suas condolências para a viúva, Franca. O ex-líder estava internado há alguns dias na Clínica Pio XI de Roma, após apresentar problemas de saúde. Autoridades do governo italiano informaram que seu funeral será realizado em Roma.
Segundo obituário publicado pelo jornal italiano Corriere della Sera, em um país com "perpetuo déficit de auto-estima", Ciampi devolveu à população o orgulho de serem italianos, retomando celebrações como a "Festa da República", que havia sido cancelada na década de 1970.
Nascido em 1920 em Livorno, o economista liderou o país entre 1999 e 2006, quando foi sucedido por Giorgio Napolitano. Ele também atuou como premier entre 1993 e 1994, quando presidiu um governo de transição em um complicado momento para a política italiana.
Ele também liderou a Banca d'Italia (o Banco Central italiano) por mais de uma década, entre 1979 e 1993, e teve um papel fundamental para a adoção da moeda única europeia, o euro, no país. Atualmente senador vitalício, Ciampi também atuou como ministro de diversas pastas, entre elas do Interior e do Tesouro. Além disso, ele ocupou importantes cargos no exterior dentro da Comunidade Europeia, do Fundo Europeu de Cooperação Monetária e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além da política, Ciampi foi autor de inúmeros estudos, livros e artigos, como "O Desafio do desemprego: como promover a competitividade europeia" e "Um método para governar".