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Fillon reconhece derrota e diz que votará em Macron no 2º turno

23 abr 2017 - 17h18
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O candidato conservador à presidência da França, François Fillon, reconheceu neste domingo sua derrota no primeiro turno das eleições e, para conter a candidata da extrema direita Marine Le Pen, pediu para que os eleitores votem em Emmanuel Macron.

O ex-primeiro-ministro disse que a Frente Nacional (FN), o partido de Marine Le Pen, "é conhecida pela violência e intolerância" e que seu programa iria quebrar o país e levar o caos à Europa.

"O extremismo só contribui para a infelicidade e a ruína", declarou o candidato conservador, na terceira colocação, conforme as estimativas de voto.

Fillon, que viu que pela vez primeira o partido conservador ficar de fora do segundo turno desde que o presidente do país é eleito por sufrágio universal, atribuiu a si próprio toda a responsabilidade da perda.

Favorito no final do ano passado, após ganhar as primárias organizadas por seu partido, o ele caiu nas pesquisas de intenção de voto quando a imprensa revelou que ele tinha dado a sua esposa um suposto emprego fantasma de funcionária parlamentar.

Fillon, que atribuiu essas revelações a um complô montado no Palácio do Eliseu, assegurou hoje que sua candidatura teve "obstáculos muitos grandes e muitos cruéis" e que "algum dia a verdade sobre estas eleições será conhecida".

Ele apelou ao eleitorado de centro e de direita a apoiar os candidatos de seu partido durante as eleições legislativas que acontecerão em junho.

Alain Juppé, derrotado nas primárias por Fillon, também pediu votos para Macron.

"Sem dúvida, apoio Macron em seu duelo contra o FN, que conduziria a França ao desastre. Peço aos franceses que façam o mesmo", escreveu no Twitter.

EFE   
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