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Fim de trégua: Ucrânia se prepara para aumento da tensão

Separatistas denunciaram que as forças de segurança ucranianas estão se preparando para ampliar as ações militares

29 jun 2014 - 14h46
(atualizado às 14h47)
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<p>Armadas separatistas pró-russas movimentam-se dentro de um posto da Guarda Nacional ucraniana capturado na cidade de Donetsk, em 28 de junho</p>
Armadas separatistas pró-russas movimentam-se dentro de um posto da Guarda Nacional ucraniana capturado na cidade de Donetsk, em 28 de junho
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters

A um dia da trégua entre rebeldes separatistas pró-Rússia e o exército da Ucrânia expirar, o leste do país se prepara para uma nova escalada da tensão.

"Amanhã, depois que terminar o cessar-fogo, já podemos esperar um aumento das ações militares por parte do exército", afirmou neste domingo o líder da autoproclamada república popular de Lugansk, Valeri Bolotov.

O líder afirmou que já é possível observar uma concentração de tropas, armas e munição na região, cenário da sublevação pró-Rússia.

Bolotov assegurou, no entanto, que os insurgentes têm a situação sob controle e estão dispostos a impedir qualquer ataque.

Por outro lado, as autoridades de Slaviansk, na região de Donetsk, afirmaram hoje que tropas do exército metralharam alguns bairros da cidade e que há registros de vítimas fatais.

"Ao longo do dia, durante os disparos, alguns projéteis atingiram o mercado da cidade, há mortos e feridos", disse um porta-voz da administração local à agência russa RIA Novosti.

A fonte acrescentou que os ataques danificaram vários edifícios residenciais de Sobachevka e Artiom e que os insurgentes abriram fogo contra as unidades do exército localizadas no monte Karachun.

Apesar da prorrogação da trégua declarada por Kiev, algo que foi saudado por boa parte da comunidade internacional, os combates na realidade não terminaram, segundo várias testemunhas de ambos os lados, que se acusam de violar o cessar-fogo desde seu início.

Só na últimas 24 horas, cinco militares morreram e pelo menos 12 ficaram feridos, segundo informou o serviço de imprensa da "operação antiterrorista" lançada pelas autoridades de Kiev.

"Os guerrilheiros dispararam com morteiros em várias ocasiões contra um posto de controle perto de Slaviansk. Como resultado, três militares morreram e outros quatro foram feridos", disse o porta-voz da operação, Alexei Dmitrashkovski.

A mesma fonte acrescentou que mais tarde uma coluna de abastecimento foi atacada na região de Lugansk por um grupo de insurgentes, que mataram dois militares e feriram oito.

Antes, o coordenador do grupo ucraniano Resistência Informativa, Dmitri Timchuk, informou que "em duas ocasiões o aeroporto de Kramatorsk foi metralhado e o fogo foi lançado do cemitério e da parte norte da cidade".

Além disso, denunciou novos ataques dos separatistas contra um posto de controle militar situado no cruzamento das estradas de Slaviansk e Krasni Liman.

Timchuk afirmou ainda que um "posto de controle do exército foi atacado com um lança-granadas perto do posto fronteiriço de Biriukovo", mas não houve mortos entre os militares.

O "ministro da Defesa" da autoproclamada república popular de Donetsk, Igor Strelkov, assegurou no sábado que os separatistas não obedecerão o cessar-fogo até que o exército se retire de suas posições atuais até uma distância de 10 quilômetros, e deixem de trazer armas e munição para a zona dos combates.

Kiev e os separatistas se deram na sexta-feira outras 72 horas de trégua para tentar evitar mais mortes em um conflito armado que já deixou centenas de vítimas fatais no sudeste do país.

No entanto, ainda não parece haver indícios de solução do conflito, e por outro lado cresce o número de pessoas que fogem do território ucraniano para a vizinha Rússia, segundo as autoridades de Moscou.

À medida que se aproxima o final da trégua, são cada vez mais fortes os pedidos em Kiev para que se declare estado de guerra no leste do país.

Centenas de ativistas se manifestaram hoje na Praça da Independência (Maidan) para exigir esta medida do governo.

As autoridades ucranianas prometeram em várias ocasiões uma "resposta dura" aos separatistas caso não aceitassem as exigências de Kiev: largar as armas e abandonar o país se assim o desejassem.

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EFE   
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