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'Foi um incidente', diz ex-capitão do Costa Concordia

Francesco Schettino comandava o Costa Concordia, que naufragou em janeiro de 2012

3 set 2014 - 16h24
(atualizado às 16h26)
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<p>Costa Concordia naufragou em janeiro de 2012, na ilha de Giglio, após se chocar contra rochas e encalhar</p>
Costa Concordia naufragou em janeiro de 2012, na ilha de Giglio, após se chocar contra rochas e encalhar
Foto: Giuseppe Modesti / AP

O ex-capitão italiano Francesco Schettino afirmou que o naufrágio do navio Costa Concordia, que provocou a morte de 32 pessoas, foi um "maldito incidente".

"Foi um incidente, um maldito incidente. Fiquei sem dormir por muito tempo e ainda hoje tenho uma ferida difícil de cicatrizar.

Mas não posso jogar toda a culpa em mim", confessou Schettino, que ficou mundialmente conhecido como "capitão covarde" por abandonar o navio antes dos passageiros. "A verdade aparecerá, estou muito confiante. Alguns jornalistas me condenaram, inventando histórias que nem aconteceram. Existem testemunhas ao meu favor, mas eles nem querem escutar", disse o italiano, em entrevista ao jornal "Il Golfo". Atualmente, Schettino responde a um processo na Justiça da Itália por sua responsabilidade no acidente. O Costa Concordia naufragou em janeiro de 2012, na ilha de Giglio, após se chocar contra rochas e encalhar. O navio ficou atolado até o último mês de julho, quando, em uma operação inédita e complexa, as autoridades conseguiram rebocá-lo.

Recentemente, o ex-capitão também foi alvo de críticas na Itália por palestrar sobre "gestão de crise" em um curso da Faculdade de Medicina da Universidade La Sapienza. "O reitor ficou indignado com a minha presença, sendo que, até agora, não fui condenado por nada. Além disso, ele recebeu o ex-líder da Líbia Muammar Kadafi. Que moral, hein?", comentou Schettino, referindo-se à postura da Universidade em relação ao ex-ditador líbio, morto em 2011 por rebeldes. O reitor da La Sapienza, Luigi Frati, condenou a escolha de Schettino para a palestra e anunciou o afastamento dos professores que fizeram o convite.

"Não queria ficar famoso pelo acidente do Concordia, mas muita gente demonstra afeto, carinho, estima para mim. Por que eu não deveria ficar feliz com isso?", destacou o ex-capitão.

Fonte: ANSA Brasil
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