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Fragmento de MH17 achado na Ucrânia reforça teoria de míssil

Derrubada do avião foi um divisor de águas no conflito ucraniano

19 mar 2015 - 15h29
(atualizado às 21h32)
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Trabalhadores locais transportam destroços do voo MH17 no local da queda do avião, perto do vilarejo de Hrabove, no leste da Ucrânia, no ano passado. 16/12/2014
Trabalhadores locais transportam destroços do voo MH17 no local da queda do avião, perto do vilarejo de Hrabove, no leste da Ucrânia, no ano passado. 16/12/2014
Foto: Maxim Shemetov / Reuters

Um fragmento de metal recolhido no local do acidente do voo MH17 da Malaysia Airlines combina com um foguete terra-ar BUK, afirmou uma rede de televisão holandesa nesta quinta-feira, o que apoia a teoria de que o avião foi abatido por separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

O fragmento foi recuperado por um jornalista holandês no vilarejo de Hrabove vários meses atrás perto de onde a aeronave foi derrubada em julho do ano passado, matando todos os 298 passageiros e tripulantes.

O canal holandês RTL disse que mandou o estilhaço para ser testado por especialistas forenses, incluindo a empresa londrina de análises de defesa IHS Jane's, que afirmou que ele combina com a carga explosiva de um BUK, um sistema de mísseis antiaéreos russo.

Rússia sugere envolvimento da Ucrânia na queda do voo MH17:

A derrubada do avião foi um divisor de águas no conflito ucraniano, no qual separatistas combatem as forças do governo. Kiev e seus apoiadores ocidentais culpam os rebeldes pelo incidente e fortaleceu a determinação dos governos ocidentais em impor sanções contra os líderes separatistas e Moscou.

A Rússia argumentou que o avião foi abatido pelos militares da Ucrânia.

O Comitê de Segurança Holandês, que investiga a causa da queda, reagiu declarando que seu inquérito está "progredindo bem e se concentra em muitas outras fontes além do estilhaço".

Especialistas visitam local da queda do MH17:

Nas conclusões preliminares que publicou no ano passado, a entidade disse que a aeronave foi atingida por projéteis de alta velocidade, mas não especificou a fonte.

"Todo material investigativo adicional é bem-vindo, mas é imperativo que se demonstre inquestionavelmente que há uma relação entre o material e a aeronave abatida", declarou o comitê em comunicado nesta quinta-feira.

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