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França afirma que evitou cinco atentados desde 2013

Para o primeiro-ministro, é preciso travar uma guerra contra o terrorismo e defender a democracia ao mesmo tempo

23 abr 2015 - 08h30
(atualizado às 10h00)
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Foto: Philippe Wojazer / Reuters

O primeiro-ministro francês Manuel Valls afirmou nesta quinta-feira que cinco atentados foram descobertos e evitados desde 2013 no país, onde 17 pessoas morreram em ataques jihadistas em janeiro. "Vários atentados foram desbaratados, cinco incluindo o que felizmente não aconteceu em Villejuif há poucos dias", afirmou o chefe de Governo à rádio pública France Inter.

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Funcionários do governo afirmaram à AFP que Valls se referia a atentados frustrados desde o verão de 2013. Na quarta-feira, as autoridades francesas anunciaram a detenção de um argelino que planejava um atentado contra uma igreja da periferia de Paris.

O estudante de 24 anos, detido depois de provocar um ferimento no corpo com sua arma, é suspeito do assassinato de uma mulher, em circunstâncias ainda não esclarecidas. Valls afirmou que "tudo indica" que este projeto foi idealizado "em contato com um indivíduo que poderia estar na Síria".

"A ameaça nunca foi tão importante, nunca enfrentamos este tipo de terrorismo em nossa história", disse o primeiro-ministro. Ele destacou que o governo tem o registro de "1.573 franceses ou residentes na França que estão envolvidos nas redes terroristas".

"Os atentados tinham como alvo a França, toda a França, pelo que é. Devemos travar a guerra contra o terrorismo sem travar a guerra contra o que somos, um país livre, uma grande democracia", afirmou Valls.

O anúncio de quarta-feira coincidiu com um debate parlamentar sobre um projeto de lei para reforçar os poderes do serviço de inteligência francês.

Em 7 de janeiro, dois jihadistas franceses atacaram a sede da revista satírica Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas. Dois dias depois, outro francês matou quatro judeus em um merca do kosher de Paris. Na véspera ele havia assassinado uma policial.

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