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França convoca embaixador dos EUA por suposta espionagem no país

21 out 2013 - 05h53
(atualizado às 06h51)
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O governo francês pediu nesta segunda-feira explicações aos Estados Unidos depois da publicação, pelo jornal Le Monde, de que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) secretamente gravou milhares de ligações feitas no país. O chanceler da França, Laurent Fabius, anunciou a convocação de forma "imediata" do embaixador dos Estados Unidos em Paris pelo caso de espionagem citado pelo jornal periódico.

"Convoquei de forma imediata o embaixador dos Estados Unidos, que será recebido ainda esta manhã no Quai d'Orsay", sede do Ministério francês das Relações Exteriores, disse Fabius antes de uma reunião europeia em Luxemburgo.

Já o ministro do Interior, Manuel Valls, classificou as revelações da suposta espionagem como “chocante”, em entrevista à rádio Europe 1.

Segundo matéria do Le Monde, que citou documentos obtidos por meio do ex-analista, Edward Snowden, a agência americana gravou 70,3 milhões de ligações telefônicas.

Essas intercepções aconteceram entre 10 de dezembro do ano passado e 8 de janeiro, com uma média de três milhões diárias, embora tenha havido um pico de quase sete milhões tanto em 24 de dezembro como em 7 de janeiro, assinalou o periódico, que destacou o caráter "em massa" desta espionagem.

De acordo com o periódico, a NSA automaticamente recolheu a comunicação de alguns números de telefone no país europeu e gravou mensagens de texto com um programa chamado "US-985D".

Os documentos, diz o Le Monde, dão motivos para acreditar que a agência americana teve como alvo não apenas pessoas suspeitas de envolvimento com terrorismo, mas também indivíduos de destaque no campo econômico e político. Autoridades dos Estados Unidos se recusaram a comentar a matéria do jornal sobre documentos “classificados”.

Revelações de Snowden sobre o alcance e os métodos da NSA, incluindo o monitoramento de grandes volumes de registros de tráfego de internet e ligações telefônicas, tem incomodado países aliados dos EUA, da Alemanha ao Brasil. Admiradores o consideram um herói dos direitos humanos enquanto críticos o chamam de traidor.

O analista de 30 anos agora vive em um local secreto na Rússia, fora do alcance de autoridades norte-americanas que querem processá-lo sob a acusação de espionagem por ele ter vazado detalhes sobre programas de vigilância eletrônica secretos.

Com informações da agência AFP

Fonte: Terra
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