França e Itália pedem que Europa salve Líbia do EI
Países querem prioridade de ação no país ameaçado pelo Estado Islâmico
O presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, tiveram um encontro bilateral em Paris nesta terça-feira (24) e pediram que Líbia seja o tema central das reuniões do continente.
"O tema Líbia não é só um tema italiano, mas uma prioridade para toda a Europa e para o Mediterrâneo, que não pode ser um cemitério, nem uma periferia, mas sim o coração do nosso continente", afirmou Renzi.
Porém, apesar do pedido, o premier destacou que "uma intervenção da ONU" na Líbia, "com uma operação de paz, não está na ordem do dia". Hollande complementou dizendo que "são os grupos terroristas que fazem o tráfico" de seres humanos e que "pedimos à Europa que reforce a Triton" - a ação no Mar Mediterrâneo que controla as fronteiras marítimas.
A Líbia enfrenta, além da crise política, a invasão do grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis). A preocupação dos italianos com sua ex-colônia tem a ver com o fato da nação estar a apenas 350 quilômetros da ilha de Lampedusa, na Itália.
Economia
Ao falar da economia, os dois líderes ressaltaram a importância da união entre eles. "É muito importante mostrar uma vontade comum entre Itália e França. Vontade de crescimento, de investimentos, de reformas estruturais. Elas já existem na Itália, e as acolhemos positivamente, existem na França e continuaremos a fazer", ressaltou o mandatário.
Segundo o italiano, graças à união entre os dois países, a "palavra crescimento não é mais uma falácia, mas um objetivo claro e chave para o continente". Ele acrescentou ainda que "o cenário internacional é profundamente interessante" e que se o continente "der o tempo para o crescimento se desenvolver, a Europa tem a possibilidade e voltar a ser o que era".