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Europa

França: editor e 3 cartunistas morrem em ataque terrorista

Os cartunistas franceses participavam de uma reunião editorial para escolher a capa do semanário político no momento do ataque

7 jan 2015 - 12h13
(atualizado às 16h03)
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<p>Os quatro cartunistas famosos morreram no ataque desta quarta-feira</p>
Os quatro cartunistas famosos morreram no ataque desta quarta-feira
Foto: Twitter

Os renomados chargistas da revista de humor Charlie Hebdo: Charb, 47 anos, Cabu, 47 anos, Wolinski, 80 anos, e Tignous, 58 anos, morreram nesta quarta-feira no violento ataque terrorista contra a redação da publicação, informou uma fonte judicial à AFP. O economista e escritor Bernard Maris também não resistiu ao atentado.

Os cartunistas franceses participavam de uma reunião editorial para escolher a capa do semanário político no momento do ataque. Este anúncio é resultado de uma identificação feita no local por um sobrevivente.

Charb, que estaria ocupando o cargo de editor-chefe da publicação, já teria sofrido outras ameaças e estava na “lista de mortes” da rede terrorista al-Qaeda, que pediu “sua cabeça” em 2013. Uma testemunha afirmou que um dos atiradores teria gritado seu nome durante o ataque. Segundo uma jornalista da revista, Charb estava sob proteção policial. 

Na última semana, a revista trouxe uma charge satírica do editor que diz: "nenhum ataque na França ainda! Espere, nós ainda temos até o final de janeiro para enviar os nossos desejos!".  

Outras oito pessoas morreram, sendo dois policiais. Provavelmente, outros seis jornalistas estão na lista das vítimas fatais do ataque terrorista desta quarta-feira, mas não houve confirmações dos nomes. 

O jornal tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar charges do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten o que provocou forte polêmica em vários países muçulmanos.

Em 2011, a sede do semanário foi destruída num incêndio de origem criminosa depois da publicação de um número especial sobre a vitória do partido islâmico Ennahda na Tunísia, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.

Com informações da AFP, Agência Brasil e The Huffington Post. 

Vídeo mostra homens atirando em policial em ataque em Paris:

Fonte: Terra
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