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França finaliza evacuação de refugiados do campo de Calais

26 out 2016 - 11h08
(atualizado às 11h41)
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Partes do acampamento foram incendiadas neste último dia da desocupação
Partes do acampamento foram incendiadas neste último dia da desocupação
Foto: Getty Images

As autoridades francesas deram nesta quarta-feira por terminada a evacuação do acampamento de imigrantes de Calais, o maior do país, enquanto boa parte do local ardia em chamas.

Um grupo de agentes antidistúrbios afastou os últimos integrantes do acampamento, conhecido como a "selva", para evitar problemas com os múltiplos incêndios deflagrados.

A governadora regional (delegada do governo) de Calais, Fabienne Buccio, indicou que o centro de seleção aberto a poucos metros do acampamento seguirá funcionando até o final do dia para receber todos aqueles que queiram ir a um dos 450 albergues abertos pelo Executivo em todo o país.

Buccio afirmou em entrevista coletiva em Calais que 5 mil pessoas já foram registradas no centro de seleção e que têm previstas 1,6 mil vagas para o dia de hoje.

A governadora regional calculou que restam mil pessoas sem registro, imigrantes que abandonaram a "selva" para fugir das chamas e que se encontram nos limites da mesma.

Alguns dizem que não querem ir aos albergues propostos pelo governo francês porque a intenção continua sendo passar para o Reino Unido de forma clandestina.

Buccio afirmou que, por enquanto, não ocorreu nenhuma detenção de imigrantes".

Partes do acampamento foram incendiadas neste último dia da desocupação
Partes do acampamento foram incendiadas neste último dia da desocupação
Foto: EFE

"Todo o mundo se registrou de forma voluntária, aceitaram as alternativas de amparo propostas", disse Buccio, para quem com esta operação "se vira uma página importante" na história de Calais.

A governadora regional precisou que quatro afegãos foram detidos como supostos responsáveis dos incêndios declarados na "selva" e insistiu que muitos desses fogos respondem a uma tradição local dos imigrantes, em particular dos afegãos, de queimar as casas antes de abandoná-las.

O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henri Brandet, acrescentou, por sua vez, que 1.500 menores foram abrigados no centro provisório aberto junto à "selva", composto de contêineres, à espera que se trate sua situação.

Algo menos de 300 foram enviados já ao Reino Unido, país que se comprometeu com a França a receber os que possam demonstrar que têm parentes nesse país.

Buccio disse que hoje mesmo começará de forma mais sistemática a destruição dos barracos que restaram.

EFE   
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