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França registra mais um caso suspeito de ebola

Infectada seria uma enfermeira que cuidou do primeiro caso do vírus no país

17 out 2014 - 08h45
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Enfermeira militar faz exames por suspeita de ebola em Paris
Enfermeira militar faz exames por suspeita de ebola em Paris
Foto: THOMAS SAMSON / AFP

A enfermeira que cuidou do primeiro caso de ebola na França foi levada para um hospital militar perto de Paris nesta quinta-feira com "febre suspeita", disse uma fonte ligada ao caso.

O hospital Begin, em Saint-Mande (norte), recebeu a paciente no começo da tarde com um quadro de febre alta e persistente, afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.

De acordo com outras fontes, que também optaram por não revelar seus nomes, ela fazia parte da equipe do mesmo hospital que tratou o primeiro caso da doença no país, o de uma outra enfermeira que contraiu o vírus na Líbéria, onde trabalhou para a organização Médicos sem Fronteiras.

A voluntária do MSF retornou à França no mês passado e está em recuperação.

Marisol Touraine, ministra da Saúde, recusou-se a comentar o caso suspeito - que pode ser um alarme falso, como os diversos feitos na semana passada.

"Eu fui muito clara ao dizer que, se houvesse um caso de ebola em território francês, eu informaria à população imediatamente", disse à rádio RTL.

Touraine acrescentou que não queria aumentar a ansiedade em torno da nova epidemia da doença, que começou na África Ocidental no começo do ano e já matou mais de 4.500 pessoas, em sua maioria habitantes de Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Casos de ebola também foram registrados em países distantes.

Nos Estados Unidos, dois funcionários de um hospital no Texas foram diagnosticados com a doença depois de cuidarem do paciente liberiano Thomas Eric Duncan, falecido em Dallas no dia 8 de outubro.

Uma enfermeira espanhola também foi infectada pelo vírus depois de ter tratado um missionário idoso que contraiu o ebola em Serra Leoa e morreu no dia 25 de setembro.

A doença é transmitida por contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada que tenha apresentado febre, diarreia e vômito.

Vários países intensificaram seus protocolos de saúde para conter o avanço da doença.

A França anunciou, nesta quinta-feira, que médicos do aeroporto Charles de Gaulle, o principal de Paris, vão checar a temperatura de passageiros que chegarem pelos vôos diários provenientes da capital da Guiné, Conacri.

A França e a Cruz Vermelha também irão ajudar o país africano a reforçar os controles existentes no embarque de passageiros em Conacri.

Foto: Terra Arte

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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