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França tem 1,4 mil pessoas em redes jihadistas da Síria

Dados das autoridades francesas mostram que o número de envolvidos em redes jihadistas aumentou nas últimas semanas

9 fev 2015 - 08h20
(atualizado às 09h33)
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Cerca de 1.400 franceses se mudaram para a Síria  para se unir a grupos jihadistas
Cerca de 1.400 franceses se mudaram para a Síria para se unir a grupos jihadistas
Foto: twitter

O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, disse nesta segunda-feira que existem cerca de 1.400 franceses ou residentes no país envolvidos com as redes jihadistas que combatem na Síria e no Iraque, e que 80 deles morreram nestas localidades.

Do total de 1.400, cerca de 750 participaram ou têm algum tipo de ligação com os grupos jihadistas da Síria e Iraque, e 410 se encontram atualmente nos dois países, afirmou Valls em entrevista à emissora de rádio "Europe 1".

O restante está em trânsito, manifestou intenção de ir ou faz parte das estruturas de recrutamento. Os dados divulgados pelas autoridades francesas, baseado no trabalho dos serviços secretos, mostram que o número de envolvidos em redes jihadistas foi aumentando nas últimas semanas, já que a promotoria de Paris tinha avaliado em 19 de janeiro que este número era de 1.280 pessoas.

O chefe do governo socialista ressaltou que este não é um problema específico da França, e disse que para combater o fenômeno é preciso "uma mobilização da sociedade".

Um mês depois dos atentados terroristas que atingiram a França, Valls declarou que nesta manhã organizou uma reunião com os ministros de Interior, Bernard Cazeneuve, e Educação, Najat Vallaud-Belkacem, e com os governadores regionais para estabelecer diretrizes para lidar com a questão, especialmente no setor educativo.

Sobre os alunos que manifestaram em dezenas de colégios apoio, conivência ou compreensão aos terroristas, Valls opinou que "há coisas que não podem ser aceitas", como considerar a blasfêmia "do mesmo nível que do antissemitismo e do racismo".

"Quando há essas confusões na escola, nas famílias, na internet", o desafio é "uma luta de uma geração", concluiu Valls.

EFE   
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