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Frase "Paris é Charlie" é projetada sobre o Arco do Triunfo

Na última quinta-feira, a Torre Eiffel apagou suas luzes em homenagem às vítimas do atentado na revista francesa

9 jan 2015 - 16h59
(atualizado às 17h27)
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A frase "Paris est Charlie" (Paris é Charlie) pode ser lida em enormes letras na parte superior do monumento de estilo neoclássico
A frase "Paris est Charlie" (Paris é Charlie) pode ser lida em enormes letras na parte superior do monumento de estilo neoclássico
Foto: Youssef Boudlal / Reuters

A frase "Paris é Charlie" foi projetada na noite desta sexta-feira sobre o Arco do Triunfo, um dos monumentos mais famosos de Paris, em uma demonstração de solidariedade à revista satírica francesa Charlie Hebdo, atacada na quarta-feira.

Se ontem foi a Torre Eiffel quem apagou suas luzes em sinal de luto pelo atentado que deixou 12 mortos, hoje foi o emblemático Arco do Triunfo quem rendeu homenagens às vítimas da ação terrorista, cometida por dois supostos jihadistas.

A frase "Paris est Charlie" (Paris é Charlie) pode ser lida em enormes letras na parte superior do monumento de estilo neoclássico, inaugurado em 1836, na Place de l'Étoile.

Polícia mata irmãos suspeitos de ataque a ‘Charlie Hebdo’:

Desde quarta-feira, muitas homenagens ao Charlie Hedbo vem sendo feitas na França e em vários países do mundo.

A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.

O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.

Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.

Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém. Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly mataram três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns. Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.

Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida. 

Foto: Terra

EFE   
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