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Gentiloni renuncia ao cargo de primeiro-ministro da Itália

No entanto, ele seguirá na função até formação de novo governo

24 mar 2018 - 15h23
(atualizado às 15h36)
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O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, se demitiu do cargo neste sábado (24). Ele entregou sua carta de renúncia ao presidente da República Sergio Mattarella, em uma passagem que já era esperada após as eleições dos novos líderes da Câmara dos Deputados e do Senado.

No entanto, o chefe de Estado convidou o premier demissionário a permanecer na função enquanto não é formado um novo governo. Até lá, Gentiloni seguirá no Palácio Chigi para cuidar dos assuntos correntes do poder Executivo da Itália.

Paolo Gentiloni vota em eleições para presidente da Câmara
Paolo Gentiloni vota em eleições para presidente da Câmara
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Membro do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, Gentiloni tem 63 anos e ocupa o cargo de primeiro-ministro desde dezembro de 2016, após a renúncia de Matteo Renzi, de quem era ministro das Relações Exteriores.

Apesar das pressões por eleições antecipadas, ele conseguiu levar a legislatura até seu fim natural com relativa tranquilidade e se tornou a segunda figura política mais admirada pela população, atrás somente de Mattarella.

Sua renúncia é resultado da derrota do PD nas eleições de 4 de março, quando a sigla obteve pouco menos de 20% dos votos. No entanto, Gentiloni seguirá exercendo seu mandato de deputado, já que venceu a disputa em seu distrito eleitoral, em Roma, com 42% da preferência.

As negociações para a formação do novo governo devem começar no início de abril, e os favoritos para assumir a cadeira de primeiro-ministro são Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), partido mais votado nas últimas eleições, com 32%, e Matteo Salvini, secretário da Liga e chefe da coalizão conservadora, que teve 37% dos votos.

Não se exclui a hipótese de um governo formado por M5S e Liga, que compartilham muitas pautas, principalmente em seu discurso crítico à União Europeia e anti-imigração.

Românticos italianos recorrem a cartas de amor por encomenda:
Ansa - Brasil
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