Grécia: ossos de mulher, bebê e homens são achados em tumba
Análises adicionais também serão feitas nos ossos da mulher e dos dois homens para determinar se eram parentes
Uma grande tumba antiga que acreditava-se poder abrigar os restos mortais de Alexandre o Grande contém ossos de uma mulher, um bebê recém-nascido e dois homens, além dos fragmentos de uma pessoa cremada, informou o Ministério da Cultura grego nesta segunda-feira.
As especulações de que a sepultura esculpida no calcário, no local da tumba Amphipolis, poderia pertencer ao lendário Alexandre, a um de seus generais ou a seus familiares chegaram ao auge nos últimos meses à medida que arqueólogos continuavam a fazer descobertas no local.
O sítio arqueológico de Amphipolis, que acredita-se ser a maior tumba antiga já descoberta na Grécia, data da era de Alexandre, cerca de 300 a 325 a.C.
O conquistador da antiguidade morreu na Babilônia - onde hoje fica o Iraque - em 323 a.C. depois de uma campanha militar que atravessou o Oriente Médio até o atual Paquistão. O local de sepultamento do líder permanece desconhecido, mas historiadores deduzem que se encontre na cidade egípcia de Alexandria.
O Ministério da Cultura disse que os estudos sobre os ossos encontrados na tumba mostraram que a mulher enterrada tinha mais de 60 anos e cerca de 1,57 metro de altura, enquanto os dois homens tinham entre 35 e 45 anos.
Um dos homens possuíam marcas na parte esquerda de seu peito, provavelmente provenientes de lesões mortais infligidas por uma faca ou pequena espada, disse o ministério. Os homens tinham uma altura estimada entre 1,62 metro e 1,68 metro.
Os poucos restos de ossos queimados da quinta pessoa enterrada, que foi cremada, não permitiram revelar o sexo do indivíduo, e as autoridades disseram que novos exames serão realizados.
Análises adicionais também serão feitas nos ossos da mulher e dos dois homens para determinar se eram parentes.
"Parte da análise vai determinar uma possível relação de sangue... mas a falta de dentes e partes cranianas, que são usadas em análises de DNA antigos, pode não permitir uma identificação bem-sucedida", disse o ministério.
As escavações no local perto da segunda maior cidade da Grécia, Thessaloniki, começaram em 2012 e capturaram a atenção mundial em agosto passado, quando os arqueólogos anunciaram a descoberta de uma vasta tumba guardada por duas esfinges e cercada por uma muralha de mármore de 497 metros.