Holandeses se negam a expulsar filha de Vladimir Putin
Ativistas ucranianos e parte da imprensa defendem a punição para Maria Putin pelo papel desempenhado pelo seu pai após a derrubada do avião da Malaysia Arilines na Ucrânia
Os apelos para expulsar da Holanda a filha do presidente russo, Vladimir Putin, pela derrubada do voo MH17 não provocaram muita adesão no país, onde os observadores lembraram que a rainha Máxima nunca foi castigada pelo passado de seu pai, ministro durante a ditadura argentina.
Ativistas ucranianos e parte da imprensa de direita defenderam que Maria Putin, de 29 anos e que vive na Holanda, deveria ser punida pelo suposto papel desempenhado por seu pai na catástrofe aérea. Mas muitos responderam que não se pode responsabilizar uma pessoa pelos pecados de seus pais.
O prefeito da cidade de Hilversum, a sudeste de Amsterdã e de onde eram provenientes várias das vítimas do acidente de 17 de julho no qual 298 pessoas morreram, 193 delas holandesas, ocupou a primeira página dos jornais na quarta-feira quando pediu que Maria fosse expulsa.
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia
Foto: Larry Downing/Reuters
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Mas o prefeito Pieter Broertjes rapidamente retirou seu apelo, considerando-o imprudente.
"Veio de um sentimento de impotência que muitos conhecerão", tuitou Broertjes, ex-jornalista.
"Sim. É uma possibilidade", escreveu a revista mensal HP de Tijd em sua edição digital, após o apelo de Broertjes a punir Maria, que se mudou para a Holanda com seu marido holandês há dois anos.
"Não parece um pouco desonesto por parte de Deus não termos a possibilidade de escolher nossos pais?", perguntou.
Alguns sites exigiram a renúncia de Broertjes por seu pedido de expulsão.
"Se uma filha é efetivamente responsável pelos atos de seu pai, então a rainha Máxima Zorreguieta (seu nome de solteira) deveria ter deixado o país há tempos", escreveu waarinholland.nl.
Seu pai, Jorge Zorreguieta, foi de 1979 a 1981 ministro da agricultura sob o regime argentino do general Videla.
"O pai Jorge e a filha Máxima dizem que não sabiam nada sobre os 'voos da morte' utilizados por Videla para se livrar de seus opositores políticos", conta waarinholland.nl.
"Mas, é claro, era impossível não saber nada destas coisas quando se formava parte do regime na Argentina, onde os vínculos sociais são fortes".
Máxima Zorreguieta se casou em 2002 com o príncipe herdeiro da Holanda Willem-Alexander, que se converteu em rei do país em 2013 após a abdicação de sua mãe, Beatrix.
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