Homem que participou de ataques em Paris aparece em vídeo e declara lealdade ao Estado Islâmico
Um dos três homens por trás dos piores ataques de militantes na França em décadas apareceu em um vídeo lançado online neste domingo, declarando sua lealdade ao grupo armado Estado Islâmico e pedindo aos muçulmanos franceses que seguissem seu exemplo.
No vídeo de sete minutos, Amedy Coulibaly, que encenou o ataque um supermercado judeu, disse que os ataques planejados ao jornal satírico e ao alvo judeu foi justificado pelas intervenções militares franceses no exterior.
Uma fonte da polícia antiterrorista francesa disse que não havia dúvida de que era Coulibaly na gravação feita em francês.
Dezessete vítimas foram mortas em três dias de violência, que começou com um ataque contra o jornal Charlie Hebdo na quarta-feira e terminou na sexta-feria com a tomada de reféns em um supermercado judeu.
As forças de segurança franceses mataram Coulibaly, de 32 anos, na sexta-feira depois de ele ter plantado explosivos no supermercado, em um cerco que causou a morte de quatro reféns. Eles também mataram a tiros dois irmãos por trás dos assassinatos no Charlie Hebdo, Said e Cherif Kouachi, depois que eles se refugiaram em um prédio.
Os irmãos Kouachi disseram que estavam alinhados com a Al Qaeda, que compete pela influência com Estado Islâmico entre militantes islâmicos.
O vídeo mostra cenas de homem parecido com Coulibaly fazendo treinamento físico e imagens de um arsenal de armas e munição no chão de madeira de um apartamento.
"Eu prometo lealdade ao Califa assim que o califado for declarado", diz ele, referindo-se ao líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi, cujo grupo é uma força paramilitar antigoverno no Iraque e Síria e que tem uma rede crescente de seguidores em outras partes do Oriente Médio e da Ásia.
Coulibaly disse que estava trabalhando em conjunto com os irmãos Kouachi.