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Hotel suíço pede só para judeus tomarem ducha antes de nadar

O aviso provocou irritação na comunidade judaica e em Israel

15 ago 2017 - 17h51
(atualizado às 17h54)
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Um hotel situado na cidade de Arosa, uma concorrida estação de esqui nos Alpes da Suíça, pendurou um cartaz pedindo para hóspedes judeus tomarem uma ducha antes de entrar na piscina.

O texto do cartaz em inglês, diz:
"Para nossos convidados judeus
Mulheres, homens e crianças

Por favor, tome banho antes de ir nadar e, embora depois de nadar.
Se você infringir as regras, eu sou forçado a cloar a piscina para você."
O texto do cartaz em inglês, diz: "Para nossos convidados judeus Mulheres, homens e crianças Por favor, tome banho antes de ir nadar e, embora depois de nadar. Se você infringir as regras, eu sou forçado a cloar a piscina para você."
Foto: Divulgação

O aviso revoltou a comunidade judaica e as autoridades de Israel, que acusam o local de antissemitismo. O hotel em questão é o Paradies Arosa e fica em um vilarejo de 3 mil habitantes encravado nas montanhas do cantão de Grisões, no leste do país.

Direcionado exclusivamente aos hóspedes judeus, o cartaz diz: "Por favor, tomem uma ducha antes de nadar. Se você violar as regras, serei forçada a fechar a piscina para você". O papel é assinado por Ruth Thomann, gerente do Paradies Arosa.

"É um ato antissemita do pior tipo", afirmou a vice-ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Hotovely. Já o Centro Simon Wiesenthal, organização sediada em Los Angeles, pediu o fechamento do hotel, que fica em um destino bastante procurado por famílias de judeus ortodoxos.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça contatou o embaixador de Israel no país, Jacob Keidar, para reafirmar sua condenação "do racismo, do antissemitismo e de qualquer forma de discriminação".

Já o porta-voz do órgão oficial de turismo da Suíça, Markus Berger, chamou o aviso de "inaceitável", mas ressaltou que trata-se apenas de um "incidente infeliz", não de um reflexo da forma como os habitantes da nação alpina pensam.

A própria Federação Suíça das Comunidades Judaicas disse que pendurar o cartaz foi uma coisa "imbecil", porém fez um apelo à calma. "É alguém que não pensou direito", declarou o secretário-geral da entidade, Jonathan Kreutner, à agência "Associated Press". Ele também afirmou que os pedidos de fechamento do Paradies Arosa são "exagerados".

Em entrevista ao jornal norte-americano "The Algemeiner", a gerente do hotel contou que o cartaz, já removido, era uma reação às recorrentes reclamações de que "alguns clientes estavam nadando vestidos e sem tomar uma ducha".

"Naquele momento, tínhamos um monte de hóspedes judeus, e eu notei que alguns deles não tomaram banho antes de nadar. Então o dono do hotel me pediu para fazer alguma coisa, e eu escrevei esse aviso de forma ingênua", acrescentou Thomann, desta vez ao jornal suíço "Blick". 

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