A justiça francesa abriu nesta segunda-feira uma investigação por apologia ao terrorismo contra o polêmico humorista Dieudonné, condenado várias vezes por antissemitismo, anunciou a promotoria de Paris à AFP.
No domingo, o humorista escreveu em seu perfil no Facebook: "Eu me sinto Charlie Coulibaly".
A frase associa o nome da revista satírica atacada na quarta-feira, Charlie Hebdo, com o sobrenome do jihadista morto na sexta-feira em um mercado de produtos judeus de Paris, depois de matar quatro pessoas em uma tomada de reféns.
Dieudonné assegurou ter participado no domingo na histórica manifestação contra os atentados em Paris, que deixaram 17 mortos. Ao mesmo tempo, debochou do ato, comparando-o a um "instante mágico comparável ao Big Bang".
"Saibam que esta tarde, no que me diz respeito, eu me sinto Charlie Coulibaly", acrescentou.
Pais de editor da Charlie Hebdo participam de ato na França:
A declaração em questão foi rapidamente retirada do Face de Dieudonné, mas, graças a capturas de tela feitas, pode ser vista em vários outros sites.
"Essas declarações são uma abjeção", afirmou o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, acrescentando ter orientado que seu ministério examine o tratamento jurídico do caso.
Dieudonné M'Bala M'Bala, de 48 anos, foi condenado várias vezes por seus comentários antissemitas.
Há um ano está na mira do governo, que proibiu alguns de seus espetáculos.
Já é alvo de outra investigação por apologia do terrorismo, depois da difusão de um vídeo que ironizava a decapitação do jornalista americano James Foley pelo Estado Islâmico (EI).
Milhares de pessoas se reúnem na Praça da República em Paris, para paricipar da manifestação em homenagem às vítimas dos ataques terroristas à capital francesa
Foto: AP
Manifestantes exibem placas com a seguinte mensagem: " Je Suis Charlie", em referência à revista de humor atacada por dois irmãos terroristas
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Manifestantes sobem no monumento da Praça da República, que expõe os valores exaltados pela França: liberdade, igualdade e fraternidade
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Milhares de pessoas foram convocadas a participar da Marcha da Unidade, em Paris
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Manifestante exibe uma bandeira da França durante concentração na Praça da República
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Manifestação é realizada em memória das vítimas dos autores dos atentados contra a revista de humor Charlie Hebdo e a um mercado judaico de Paris
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O ex-presidente Nicolas Sarkozy recebe os cumprimentos do atual líder francês, François Hollande, no Palácio do Eliseu
Foto: AP
O primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoy, é recebido pelo presidente francês antes do início das manifestações
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O rei da Jordânia, Abdullah, e a esposa, a rainha Rania, também foram a Paris para participar das homenagens
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta o presidente da França, François Hollande
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acena para os jornalistas ao ser recebido por Hollande no Palácio do Eliseu
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O presidente palestino, Mahmoud Abbas, é recepcionado pelo colega François Hollande na sua chegada ao Palácio do Eliseu
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Autoridades da Alemanha, Espanha, Jordânia, Israel, Reino Unido e de vários outros países se juntam ao presidente François Hollande durante a marcha pela liberdade
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O presidente francês, François Hollande, conforta o colunista do Charlie Hebdo Patrick Pelloux durante a marcha pela liberdade
Foto: Reuters
De braços dados, líderes mundiais marcham pela liberdade de expressão e em homenagem aos mortos nos atentados de Paris
Foto: Reuters
Manifestantes percorrem as ruas de Paris durante marcha pela liberdade
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Jovem francesa desenha dois lápis sendo atingidos por avião, de modo similar ao ataque as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001
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Familiares de vítima carregam cartaz "Eu sou Michael Saada" durante a marcha em Paris
Foto: Reuters
Ao todo, 40 líderes mundiais perfilam com os braços entrelaçados em passeata em Paris, em torno do presidente francês, François Hollande
Foto: Reuters
Chinesa carrega cartaz em homenagem ao jornal alvo dos ataques na última quarta-feira, em francês e chinês
Foto: Reuters
Cartaz que foi o mote da manifestação, "Eu sou Charlie" é visto no meio da manifestação
Foto: Reuters
Lápis virou símbolo dos manifestantes contra o ódio provocado pelos extremistas nos atentados em Paris
Foto: Reuters
Colunista do Charlie Hebdo, Patrick Pelloux muito emocionado durante a marcha pela liberdade
Foto: Reuters
Homem toca estátua pichada ao lado do símbolo da marcha, "Je Suis Charlie"
Foto: Reuters
Franceses acedem velas com cair da noite na marcha pela liberdade em Paris
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Uma mulher acende uma luz e reverência os quatro cartunistas mortos no ataque à revista Charlie Hebdo
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Vista geral da marcha pela liberdade neste domingo
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Homem usa lápis durante ato em Paris em homenagem aos cartunistas mortos
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Franceses carregam bandeira do país e faixas em homenagem às vítimas do ataque
Foto: EFE
Pessoas escalam monumento em Paris durante ato neste domingo
Foto: Getty Images
Velas são acesas na praça da Liberdade em Paris
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Pessoas escalam o monumento da Queda da Bastilha durante os últimos momentos da marcha pela liberdade
Foto: EFE
Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu chega a Grande Sinagoga de Paris para discurso em homenagem às vítimas do ataque ao mercado kosher
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e presidente francês, François Hollande, lado a lado na Grande Sinagoga de Paris
Foto: AP
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