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Humorista francês é investigado por apologia ao terrorismo

Dieudonné M'Bala M'Bala, de 48 anos, foi condenado várias vezes por seus comentários antissemitas

12 jan 2015 - 11h39
(atualizado às 13h27)
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<p><span style="font-size: 15.1999998092651px;">Dieudonn&eacute; assegurou ter participado no domingo na hist&oacute;rica manifesta&ccedil;&atilde;o contra os atentados em Paris</span></p>
Dieudonné assegurou ter participado no domingo na histórica manifestação contra os atentados em Paris
Foto: Twitter

A justiça francesa abriu nesta segunda-feira uma investigação por apologia ao terrorismo contra o polêmico humorista Dieudonné, condenado várias vezes por antissemitismo, anunciou a promotoria de Paris à AFP.

No domingo, o humorista escreveu em seu perfil no Facebook: "Eu me sinto Charlie Coulibaly".

A frase associa o nome da revista satírica atacada na quarta-feira, Charlie Hebdo, com o sobrenome do jihadista morto na sexta-feira em um mercado de produtos judeus de Paris, depois de matar quatro pessoas em uma tomada de reféns.

Dieudonné assegurou ter participado no domingo na histórica manifestação contra os atentados em Paris, que deixaram 17 mortos. Ao mesmo tempo, debochou do ato, comparando-o a um "instante mágico comparável ao Big Bang".

"Saibam que esta tarde, no que me diz respeito, eu me sinto Charlie Coulibaly", acrescentou.

Pais de editor da Charlie Hebdo participam de ato na França:

A declaração em questão foi rapidamente retirada do Face de Dieudonné, mas, graças a capturas de tela feitas, pode ser vista em vários outros sites.

"Essas declarações são uma abjeção", afirmou o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, acrescentando ter orientado que seu ministério examine o tratamento jurídico do caso.

Dieudonné M'Bala M'Bala, de 48 anos, foi condenado várias vezes por seus comentários antissemitas.

Há um ano está na mira do governo, que proibiu alguns de seus espetáculos.

Já é alvo de outra investigação por apologia do terrorismo, depois da difusão de um vídeo que ironizava a decapitação do jornalista americano James Foley pelo Estado Islâmico (EI).

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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