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Igreja proíbe funeral público religioso de mafioso

Porta-voz da CEI lembrou de condenações feitas pelo Papa

17 nov 2017 - 11h42
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O porta-voz da Conferência Episcopal Italiana (CEI), dom Ivan Maffeis, proibiu que qualquer igreja católica faça um funeral para o chefão mafioso Salvatore "Totò" Riina, morto nesta sexta-feira (17) em Parma.

O mafioso, considerado o mais sanguinário das máfias italianas, nunca mostrou arrependimento por seus inúmeros crimes
O mafioso, considerado o mais sanguinário das máfias italianas, nunca mostrou arrependimento por seus inúmeros crimes
Foto: Reuters

"Um funeral público não é nem pensável. Lembro da excomunhão do Papa aos mafiosos, a condenação da Igreja Católica sobre este fenômeno, isso é irrevogável. A Igreja não substitui a Justiça de Deus, mas não podemos confundir as consciências", disse Maffeis à ANSA.

O representante do órgão mais importante da instituição católica na Itália lembrou ainda que há uma "posição claríssima" sobre "quem é considerado responsável por tais crimes".

"Isso seria um sinal que pisotearia a memória das vítimas, de todas as pessoas mortas... lembro de [Giovanni] Falcone, de [Paolo] Borsellino, [Rosário] Livatino, mas também dos padres assassinados, como don Puglisi. E, além dos magistrados, as forças de segurança, as tantas pessoas que foram assassinadas.

Um funeral público seria um sinal na direção oposta da missão da Igreja com os jovens", acrescentou o religioso.

Segundo dom Maffeis, se a família pedir uma "oração simples", será analisado "o que será feito", mas jamais haverá um funeral religioso público por Riina.

O mafioso, considerado o mais sanguinário das máfias italianas, nunca mostrou arrependimento por seus inúmeros crimes - que somam 26 condenações à prisão perpétua, além de dezenas de outros processos em aberto.

Mais cedo, fontes médicas informaram que não foi dada nenhuma benção ao "chefe dos chefes" antes de sua morte no hospital.

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