Incêndio em Portugal teve "mão criminosa", diz bombeiro
Chefe dos bombeiros contestou versão do governo sobre tragédia
Pouco tempo depois do início do imenso incêndio que matou ao menos 64 pessoas, feriu outras 200 e destruiu matas, carros e casas em Pedrógão Grande, na região central de Portugal, as autoridades locais afirmaram que o fogo teve causas naturais. No entanto, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, acredita que o incêndio foi criminoso.
Nesta quarta-feira, dia 21, o bombeiro contestou publicamente a versão oficial do governo do país europeu, na qual as chamadas "trovoadas secas" teriam iniciado as chamas. A duas emissoras de rádio e televisão, Soares disse que acha estranho o pouco tempo que foi preciso para que a Polícia Judiciária (PJ), responsável pelas investigações, determinasse que as causas do fogo foram naturais e não criminosas.
O organismo anunciou como as chamas começaram após cerca de oito horas do início do incêndio. "Eu tenho para mim que o incêndio teve origem em mão criminosa", disse o português. Segundo o presidente da liga "o incêndio já ocorria há cerca de duas horas quando ocorreu o problema com raios, que provocou um conjunto de ignições acrescentadas aquele incêndio que já era de uma violência extraordinária".
Chamas
Ainda nesta quarta, o governo português disse que as chamas do grande incêndio foram controladas. "O fogo não vai progredir mais do que já progrediu. Vamos nos concentrar no meio do perímetro", disse o chefe da Defesa Civil do país, Vítor Vaz Pinto. No entanto, em outras áreas de Portugal, vários pontos de incêndio ainda precisam ser controlados e apagados. É o caso de Góis, que ainda tem duas frentes nas quais o fogo ainda está ativo: Arganil e Pampilhosa.