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Incêndio em Portugal teve "mão criminosa", diz bombeiro

Chefe dos bombeiros contestou versão do governo sobre tragédia

21 jun 2017 - 17h22
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Foto: Reuters

Pouco tempo depois do início do imenso incêndio que matou ao menos 64 pessoas, feriu outras 200 e destruiu matas, carros e casas em Pedrógão Grande, na região central de Portugal, as autoridades locais afirmaram que o fogo teve causas naturais. No entanto, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, acredita que o incêndio foi criminoso.

Nesta quarta-feira, dia 21, o bombeiro contestou publicamente a versão oficial do governo do país europeu, na qual as chamadas "trovoadas secas" teriam iniciado as chamas. A duas emissoras de rádio e televisão, Soares disse que acha estranho o pouco tempo que foi preciso para que a Polícia Judiciária (PJ), responsável pelas investigações, determinasse que as causas do fogo foram naturais e não criminosas.

O organismo anunciou como as chamas começaram após cerca de oito horas do início do incêndio. "Eu tenho para mim que o incêndio teve origem em mão criminosa", disse o português. Segundo o presidente da liga "o incêndio já ocorria há cerca de duas horas quando ocorreu o problema com raios, que provocou um conjunto de ignições acrescentadas aquele incêndio que já era de uma violência extraordinária".

Chamas

Ainda nesta quarta, o governo português disse que as chamas do grande incêndio foram controladas. "O fogo não vai progredir mais do que já progrediu. Vamos nos concentrar no meio do perímetro", disse o chefe da Defesa Civil do país, Vítor Vaz Pinto. No entanto, em outras áreas de Portugal, vários pontos de incêndio ainda precisam ser controlados e apagados. É o caso de Góis, que ainda tem duas frentes nas quais o fogo ainda está ativo: Arganil e Pampilhosa.

Ansa - Brasil
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