Ingleses querem a independência da Escócia mais que os escoceses
A independência da Escócia é mais desejada pelos ingleses que pelos próprios escoceses, segundo uma pesquisa divulgada em Londres, um ano antes do referendo para a separação. Os resultados aparecem no 30º relatório British Social Attitudes, uma radiografia anual da sociedade britânica elaborada pelo NatCen, uma organização independente de estudos sociais.
Segundo o levantamento, o apoio à independência da Escócia caiu entre os escoceses e aumentou entre os ingleses, que paralelamente acreditam, mais que antes, que seus vizinhos do norte recebem recursos públicos mais do que suficientes.
Um total de 23% dos escoceses desejam a independência da Grã-Bretanha agora, contra 30% em 2006. Ao mesmo tempo, 25% dos ingleses acreditam agora que a Escócia deveria abandonar a Grã-Bretanha (19% em 2000). Além disso, 44% dos ingleses afirma que os escoceses recebem dinheiro público suficiente, mais que o dobro que em 2000 (21%).
A opção preferida dos escoceses (quase 60%) é a atual, a descentralização. O Parlamento escocês tem competências nas áreas de educação, saúde, meio ambiente e justiça, mas os temas de relações exteriores e defesa correspondem ao governo britânico.
Cinco milhões e meio de escoceses terão a oportunidade de pronunciar-se sobre a independência em 18 de setembro de 2014. O Partido Nacionalista Escocês (SNP) de Alex Salmond, defensor da independência, governa atualmente a Escócia.
A Escócia é uma das quatro entidades constituintes do Reino Unido (ao lado da Inglaterra, Gales e Irlanda do Norte) desde a assinatura do Ato de União com a Inglaterra em 1707.