Inteligência alemã: terroristas não devem ser refugiados
O presidente dos serviços secretos internos da Alemanha, Hans-Georg Maaßem, considerou neste domingo (15) que é "pouco provável" que os terroristas islamitas cheguem à Europa como refugiados.
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"A rota dos refugiados é extremamente perigosa. Seria arriscado e não seria típico de pessoas com uma missão de combate que passassem da Turquia a uma ilha grega com ajuda de traficantes", disse Maaßem em declarações ao grupo de imprensa Funke.
No entanto, o organismo que dirige constituiu um novo grupo de trabalho para detectar se pode haver extremistas entre os solicitantes de asilo, em estreita colaboração com os serviços secretos que trabalham no exterior e com a inteligência de outros países.
Segundo apontou, quase a cada semana chegam indícios que entre os refugiados poderia haver pessoas com experiência em combate e no uso de armas e é "possível" que ao país cheguem terroristas entre os refugiados, mas, insistiu, é "pouco provável".
Por outro lado, se constatou que os albergues se transformaram em alvo de organizações radicais islâmicas que operam na Alemanha e que buscam entrar em contato com determinados solicitantes de asilo.
Até o momento se detectou uma centena de casos, segundo apontou Maaßem, que explicou que estas organizações oferecem ajuda aos refugiados e lhes convidam a unir-se a suas associações.
O ministro de Interior alemão, Thomas de Maizière, pediu ontem que não se misture o debate suscitado no país pela chegada incessante de refugiados com os atentados de Paris e para não deixar que a questão possa ser instrumentalizada pela extrema-direita.
No entanto, o ministro das Finanças da Baviera, Markus Söder, membro da União Social-Cristã (CSU), sócia da chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu hoje que com os atentados de Paris "começa uma nova era" e instou o governo de Berlim a reforçar os controles para acabar com a chegada "descontrolada" de refugiados.
"A época de migrações descontroladas e de imigração ilegal não pode continuar. Paris muda tudo", ressaltou Söder em uma entrevista ao dominical "Welt am Sonntag".