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Irmão afirma não saber onde está suspeito de atentado e nega envolvimento

16 nov 2015 - 16h24
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Mohammed Abdeslam, um irmão de Salah Abdeslam sobre quem pesa uma ordem internacional de detenção por seu suposto envolvimento nos atentados de Paris, disse nesta segunda-feira que não sabe onde está seu parente, e negou qualquer participação nesses ataques terroristas.

"Não sabemos onde está atualmente", declarou Mohammed em entrevista à imprensa após ter sido libertado sem acusações depois de ter permanecido dois dias detido pelas autoridades belgas, ao mesmo tempo em que garantiu que "em nenhum caso" esteve vinculado aos ataques da sexta-feira passada em Paris.

Também assinalou que é empregado da prefeitura do município de Molenbeek (oeste de Bruxelas) há mais de dez anos.

"Muita gente me conhece na prefeitura, e sabem do que sou capaz e do que não", afirmou Abdeslam, que ao ser perguntado onde esteve na tarde de sexta-feira, respondeu que tinha um álibi e que por isso a juíza lhe pôs em liberdade sem acusações.

"Somos uma família normal, que nunca tivemos nenhum problema com a justiça. É preciso compreender que, apesar da tragédia, meus pais estão sob estado de choque. Estamos muito afetados pelo que aconteceu, vimos na televisão como vocês", continuou.

"Nunca poderíamos pensar que um de nossos irmãos podia estar relacionado com este atentado. Pensamos nas vítimas, nas famílias das vítimas", acrescentou.

Mohammed disse ainda não ter notado nada estranho na atitude de seus dois irmãos supostamente envolvidos nos ataques terroristas: Salah - em paradeiro desconhecido - e Ibrahim, um dos terroristas suicidas de Paris.

"Absolutamente nada. Dois irmãos com comportamentos normais", afirmou Mohammed, que também ressaltou que Salah ainda não foi escutado pela Justiça, que ainda se desconhece o que aconteceu realmente e lembrou que ele mesmo esteve "detido e quase acusado".

"Com as tensões atuais, não sabemos se ele se atreverá a entregar à Justiça", admitiu Mohammed, que disse desconhecer se Salah estava em Paris na sexta-feira passada.

EFE   
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