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Itália acha 18 imigrantes mortos e salva mais de 3.500

Mais de 100 mil pessoas chegaram ao país através da fronteira do Mediterrâneo apenas este ano

24 ago 2014 - 12h54
(atualizado às 12h55)
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O corpo de um imigrante é resgatado no Mediterrâneo
O corpo de um imigrante é resgatado no Mediterrâneo
Foto: Aimen Elsahli / Reuters

O serviço de buscas e resgate marítimo da Itália salvou cerca de 3.500 imigrantes e encontrou 18 corpos no mar Mediterrâneo desde sexta-feira, quando milhares tentaram atravessar para a Europa de barco no final de semana, afirmou a marinha italiana. 

Mares mais calmos no verão levaram mais pessoas a tentar a perigosa travessia a partir do Norte da África neste ano. Os tumultos e a instabilidade política na Líbia estão sendo explorados por traficantes de pessoas, levando o número de chegadas à Itália para mais de 100 mil pessoas desde janeiro. 

A embarcação italiana Sirio recuperou 18 corpos e 73 sobreviventes de um bote, disse a marinha pelo Twitter no domingo, depois que uma fragata resgatou um corpo e 1.372 sobreviventes na noite de sexta-feira. 

As mortes foram reportadas pouco depois que um barco que levava aproximadamente 200 imigrantes afundou a um quilômetro da costa da Líbia na sexta-feira. Estima-se que a maioria dos passageiros se afogou. 

A missão de busca e resgate Mare Nostrum começou depois que um naufrágio perto da costa italiana matou 366 pessoas em outubro. 

A missão custa cerca de 9 milhões de euros por mês e levantou debates políticos na Itália, que voltou à recessão econômica no segundo trimestre do ano, depois de anos de estagnação. 

Na fronteira entre a Europa e a África, a Itália sempre atraiu imigrantes que chegam por mar, mas o número de chegadas neste ano já é superior ao maior número registrado até então, que era de 60 mil pessoas em todo ano de 2011, quando as revoltas da primavera árabe desencadearam uma onda de migrações. 

O primeiro-ministro italiano Matteo Renzi pediu que a União Europeia se responsabilize pelo resgate de imigrantes investindo na agência de controle de fronteiras Frontex, e chamou uma intervenção da ONU na Líbia para administrar o fluxo de refugiados deixando o país. 

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