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Itália indicia 18 pessoas por colisão de trens em 2016

Acidente deixou 23 mortos e 51 feridos em Puglia, no sul do país

9 abr 2018 - 12h05
(atualizado às 12h21)
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A procuradoria de Trani, na Itália, indiciou nesta segunda-feira (9) 18 indivíduos e a empresa Ferrotramviaria no processo que investiga a colisão entre dois trens, ocorrida no dia 12 de julho de 2016 em Puglia, no sul do país, que deixou 23 mortos e 51 feridos. Os réus são acusados de desastre ferroviário, homicídio culposo, lesões graves devido a negligência, omissão dolosa de cautela e violação das normas de segurança no trabalho.

Entre os indiciados estão o chefe de estação e do trem, os conselheiros e diretores da Ferrotramviaria, além do gerente geral do ministério das Infraestruturas, Virginio Di Giambattista, que foi acusado com Elena Molinaro, por não ter "feito verificações periódicas" e adotado "medidas urgentes" para eliminar o sistema de bloqueio telefônico naquela seção binária única.

O grave acidente aconteceu em um trecho de via única entre as cidades de Corato e Andria. Segundo as investigações da polícia ferroviária e a Guarda de Finanças, o trem só iniciou a viagem porque o controle da estação de Andria deu aval, sem esperar a notificação de Corato.

O promotor responsável pelo caso também pede um julgamento para os executivos de Andria e Corato, Vito Piccareta e Alessio Porcelli, respectivamente, o coordenador central Francesco Pistolato e Nicola Lorizzo.

Os dois gerentes da estação também alegam que falsificaram os registros contendo as notas sobre o "avanço" para a partida dos trens. Na época, o impacto frontal ocorreu na Linha Norte de Bari, que liga as cidades de Andria e Corato. Um trem havia partido de Corato com destino à Andria, enquanto a outra composição fazia o trajeto inverso. Ambos os trens eram formados por quatro vagões e as duas primeiras carrocerias de cada um foram destruídas no impacto.

Mais de 200 trens passam diariamente pela Linha Norte de Bari, que é administrada pela empresa Ferrotramviaria. Os passageiros dessa linha costumam ser pendulares e estudantes, além de turistas com destino ao aeroporto internacional Karol Wojtyla de Bari.

Ansa - Brasil
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