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Justiça da Turquia valida triunfo do 'sim' no referendo

16 abr 2017 - 17h42
(atualizado às 19h42)
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O presidente da Suprema Junta Eleitoral da Turquia, Sadi Güven, validou a vitória do "sim" no referendo constitucional realizado neste domingo, que propõe a substituição do sistema parlamentar por um presidencialista.

Güven confirmou que a Junta decidiu validar os votos não selados de forma regulamentar, decisão tomada hoje pouco antes do início da apuração e já contestada pela oposição.

Milhares de pessoas saíram às ruas pela Turquia para protestar contra o resultado do referendo
Milhares de pessoas saíram às ruas pela Turquia para protestar contra o resultado do referendo
Foto: Reuters

O presidente da Junta também se defendeu contra as acusações da oposição de que esta decisão significa "mudar as regras após o início da partida", e assegurou que não era a primeira vez que se admitia este tipo de papeletas.

Güven detalhou que, após a abertura das urnas e o início da contagem, a Junta recebeu várias queixas por descartar votos sem o selo regulamentar e decidiu então admitir como válidos estas papeletas "sempre que se pudesse demonstrar que não tinham sido trazidas de fora".

O presidente da Junta cifrou o total de votos validados em 56.147.506 e apontou que o "sim" tinha recebido 24.763.516 frente a 23.511.155 papeletas negativas.

"Segundo estes resultados, ganhou o 'sim' no voto popular", destacou o jurista, que preside o máximo corpo eleitoral desde 2013, após uma carreira como juiz no Tribunal Supremo.

"Segundo estes resultados, que ainda não são definitivos, a diferença entre o 'sim' e o 'não' é de 1.252.361 votos. Ganhou o 'sim', segundo estes resultados. Após levar em conta o período de impugnações, os resultados definitivos serão declarados no máximo em 12 dias", antecipou Güven.

O social-democrata Partido Republicano do Povo (CHP), segundo maior do parlamento, já adiantou que impugnará entre 37% e 60% das urnas, enquanto o esquerdista Partido Democrático do Povo (HDP), terceiro força, pretende pedir a revisão de dois terços dos votos.

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EFE   
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